domingo, 17 de junho de 2007

Compulsão ao crime: sinal inequívoco de agonia

Bush quer liberdade de saquear, espoliar, assassinar, torturar, devastar e tiranizar

Compulsão ao crime é sinal inequívoco da agonia do império

Surrado no Iraque, o usurpador George W. Bush ameaçou, em seu discurso de posse, estender a toda a Humanidade a esplendorosa liberdade que levou à nação árabe com suas tropas, aliás já fotografada em Abu Graib e outros arredores. O libelo libertário do assaltante ianque teve a mesma acolhida no mundo inteiro: se não se agüentam no Iraque, é muita cara de pau propor botar o mundo todo no cabresto.

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Bush quer liberdade de saquear, assassinar, torturar e devastar

O achacador pediu mais US$ 80 bilhões do povo para a guerra.

Mas os lucros do petróleo roubado vão só para a sua corriola

Com os Estados Unidos massacrando milhares de civis, devastando cidades, torturando em massa no Iraque e no Afeganistão, após bombardeios e invasão, e roubando petrpóleo, o usurpador George W. Bush ameaçou estender tão esplen-dorosa “liberdade” ao mundo inteiro, “pelas armas quando necessário”, em seu discurso de posse.

É muita cara de pau, apanhando da Resistência do jeito que estão no Iraque, propor-se a, nada menos, intervir “em todos os países e culturas, com o objetivo último de pôr fim à tirania em todo o mundo”.

Naturalmente, para Bush, a Exxon/Chevron e os maníacos do Pentágono, “tirano” é todo aquele que não os deixa pilhar à vontade, nem submeter a todos como querem, e “pôr fim à tirania” é estabelecer o hege-monismo dos EUA, isto é, de sua degenerada casta dirigente, a ferro e fogo, sobre todos os países.

A bem da verdade, até um debilóide como “baby” Bush desconfiou que isso vai ser muito difícil - segundo ele, trata-se de “um trabalho concentrado que vai levar gerações”... Imagine-se se a Humanidade vai esperar tanto para dar um trato nos escroques.


GOEBBELS

Com as bênçãos de Goebbels, também especialista em discursos liber-tários, o fascismo de Bush foi por ele apresentado como a mais luminosa “guerra pela liberdade”.

Naturalmente, a liberdade de saquear, espoliar, assassinar, torturar, devastar e tiranizar. Que pode ser presenciada, diariamente, no Iraque e no Afeganistão.

A liberdade fotografada em Abu Graib. Para Bush, “tirano” é quem se opõe à sua opressão e ao “destino manifesto” dos barões ladrões dos EUA de saquearem a Humanidade e, quanto mais honrada e corajosa for a resistência às imposições ianques, mais “tirano” será o governante.
Encurralado pela Resistência no Iraque, com uma desmoralizada farsa eleitoral no dia 30 sob toque de recolher, bombardeio e tortura, e pressionado pela metade do eleitorado dos EUA que votou com Kerry contra a guerra, o usurpador saiu-se pela tangente.

Deixou de lado o discurso da “guerra ao terror”, e passou à ainda mais cínica guerra pela “liberdade” - palavra citada 42 vezes na peroração.

A invasão do Iraque não foi feita usando uma mentira, a das “armas de destruição em massa” inexistentes, e à revelia da ONU, como o mundo inteiro acha.

Nem há 100 mil civis iraquianos mortos pela invasão, como detectou a revista médica mais famosa do mundo.

Nem foi para assaltar a segunda maior reserva de petróleo do mundo, ou para conceder contratos fraudulentos à Halliburton do vice Cheney.

Não, explica Bush: é por causa da guerra “pela liberdade”, que se confundiria atualmente, com “os interesses essenciais” dos EUA, como ele se refere à gangue a que serve.

Como se sabe, Hitler falava de “espaço vital” e que seu Reich iria durar “1000 anos”, pretensão destruída a canhonaços, em Berlim, pelos soviéticos. Bush é mais vago - pretende que a submissão vai durar “séculos” e, modesto, o herege diz que “não é porque os EUA seriam uma nação escolhida”, “Deus é que escolhe quem quer”...

Em seu discurso, Bush explicitou que não respeita governo algum, e que sempre que for de interesse dos magnatas ianques, um país pode ser alvo de sabotagem, intervenção e invasão, seja aliado ou não.

Por isso, foi pessimamente recebido na Europa, no Oriente Médio e por todo o mundo.

A propósito, jamais os EUA estiveram tão isolados, e foi tão clara, no mundo inteiro, a repulsa aos cartéis ianques, à sua pretensão de dominação absoluta sobre o planeta.

Ou sequer esteve seu sistema político tão exposto, como com as fraudes de Bush nas eleições presidenciais na Flórida e em Ohio e com as torturas de Abu Graib e de Guantánamo: a “democracia” dos EUA está a nu.

CRIMES DE GUERRA

O tirano Bush também se dispôs a ameaçar o povo norte-americano, que o brindou na “posse”, em Washington e por todo o país, com vibrantes manifestações denunciando seu arbítrio, crimes de guerra e corrupção.

A limusine de Bush teve de se apressar, diante do repúdio popular, quando ia do Capitólio à Casa Branca. Ele convocou “tarefas essenciais a realizar em casa, o trabalho inacabado da liberdade norte-americana”.

Certamente o cerceamento das liberdades públicas estabelecidos pelo ‘Ato (Im)patriótico’, a fraude nas eleições e a oficialização da tortura pela Casa Branca constituem a parte “acabada” de tais “tarefas”.

Mas há muito mais para criar sua “sociedade de proprietários”, asneira com que pretende ocultar o assalto ao que resta de previdência nos EUA, doar mais dinheiro público às corporações, cortar os programas sociais, e encher as burras do cartel bélico.

Após o discurso, uma das suas primeiras medidas foi pedir mais 80 bilhões de dólares do povo para a guerra contra o Iraque. Mas os lucros do petróleo roubado vão só para sua corriola.

“PIOR QUE O VIETNÔ

Em suma, Bush ameaçou “todos os povos do mundo” - inclusive o norte-americano - que, naturalmente, têm um excelente motivo por que se unirem.

Seu discurso seria no dia seguinte comple-mentado por Condoleezza Chevron Rice, enumerando “seis tiranias” que seriam os alvos imediatos: Cuba, Coréia do Norte, Irã, Miammar, Irã e Bielo-Rússia. Por ora, ficaram esses, mas há a percepção geral de que a ameaça é dirigida a todos os países.

Ficou no ar a pergunta de como os bandidos pretendem levar isso a cabo, apanhando como estão no Iraque que, segundo o senador democrata Edward Kennedy, “é o Vietnã de Bush”.

Outros, menos otimistas, acham que “é pior que o Vietnã”.

ANTONIO PIMENTA
http://www.horadopovo.com.br/

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