domingo, 17 de junho de 2007

TAREQ AZIZ

Tareq Aziz:

“estou encarcerado contra o direito internacional e a Convenção de Genebra”

“Isso é totalmente contrário ao direito internacional, à Convenção de Genebra e às leis iraquianas”, afirmou o vice-primeiro-ministro do Iraque, Tareq Aziz, ao denunciar a ilegalidade de sua prisão e as péssimas condições em que é mantido seqüestrado pelos invasores ianques, em carta dirigida “à opinião pública mundial”.

Tareq Aziz foi um dos mais destacados dirigentes iraquianos, um apoio decisivo ao Presidente Saddam Hussein durante a resistência popular ao bloqueio imposto ao país por mais de dez anos e frente às ameaças e finalmente a invasão do Iraque.

Durante a primeira invasão dos EUA ao Iraque, pelo pai de Bush, em 91, Aziz, então ministro do Exterior, foi responsável por um dos maiores libelos contra a agressão do Império divulgada mundialmente pela televisão.

“Tenho sido acusado injustamente, mas até agora nenhuma investigação apropriada foi feita”, denunciou. “É imperativo que haja uma intervenção contra nossa péssima situação e tratamento”, conclamou o dirigente iraquiano.

O jornal inglês The Observer, que publicou a carta de Tareq Aziz, acrescentou ainda que ele e outros prisioneiros vêm sendo mantidos em isolamento completo, sem direito a contatar seus familiares.

Conforme relatos dos poucos presos que foram libertados e denúncias da Anistia Internacional e de funcionários da Cruz Vermelha Internacional divulgados pelo HP no início de fevereiro de 2004, “Camp Cropper é um autêntico campo de concentração nazista. Instalado pelos EUA nos arredores do aeroporto de Bagdá, mantém seqüestradas mais de 3 mil pessoas, - muitas delas altos dirigentes iraquianos, como Tareq Aziz -, que são submetidas a maus tratos, tortura e inclusive assassinato. Sob temperaturas que alcançam os 50 graus centígrados ao meio dia, cada prisioneiro só recebe três litros por dia, para beber e lavar-se. É proibido lavar a roupa. Diante das infestações corporais, só conta com uma pequena taça de pó anti-pulgas. Ao mínimo descumprimento das regras draconianas, ou mera vontade do guarda, o prisioneiro é obrigado a manter-se em posições penosas e assim permanecer por largos períodos – como já visto em Guantánamo”.

Fonte: http://www.horadopovo.com.br/

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