domingo, 17 de junho de 2007

Protestos contra ditames de Bu$h

Protestos contra agressão do império
Milhões repudiam ditames de Bush

Ano I, n.4, Novembro de 2002

Desde o início de 2002 cresce de maneira vigorosa por toda a Europa, Ásia e América Latina, a luta antiimperialista, especialmente contra os bombardeios sobre o Afeganistão e a ameaça de guerra ao Iraque, além das manifestações de apoio à resistência heróica do povo palestino.

Em particular na Europa, gigantescas mobilizações políticas têm levado às ruas milhões de operários, estudantes e intelectuais, ao lado das crescentes greves operárias, de funcionários públicos e de estudantes, contra as tentativas dos governos da União Européia de cortar conquistas antigas dos trabalhadores, numa demonstração eloqüente de que a crise geral do capitalismo atinge em cheio o velho continente.

Já em 2001 ocorreram grandes mobilizações políticas de massa como o protesto de 300 mil pessoas em Gênova (julho), onde um jovem ativista foi assassinado nos confrontos com a polícia, durante o encontro do G-8, e em Londres, no mês de novembro, quando cerca de 100 mil pessoas realizaram atos de repúdio a Bush e Tony Blair, anunciando o auge do movimento de massas que assistimos nos dias atuais.

Alemanha e França

No primeiro semestre deste ano, mais de 70 mil pessoas em Berlim, um grande número jovens trabalhadores e estudantes repudiaram a visita de George W. Bush ao país.

Na França durante as eleições presidenciais, no mesmo período, multidões manifestaram-se contra o candidato fascista Le Pen e repeliram os preparativos da guerra imperialista.

Londres

No último dia 28 de setembro, uma gigantesca manifestação política foi realizada em Londres. Meio milhão de pessoas saíram às ruas da capital inglesa desmascarando o chamado informe Blair, uma propaganda de guerra dirigida pelo “cachorrinho” de Bush, tratamento com que é dispensado o premiê britânico, revela o clip de um cantor inglês.

A manifestação multitudinária denunciava e repudiava o genocídio ianque no Afeganistão, a ameaça de invasão do Iraque e saudava solidariamente a resistência palestina contra o cão de fila dos ianques Ariel Sharon, primeiro-ministro do Estado fascista sionista de Israel.

Genebra

Na capital da Suíça, músicos, poetas, escritores e atores de toda Europa lançam um movimento contra a preparação do ataque dos Estados Unidos ao Iraque.

Cantores britânicos como George Michael, além de grupos de música pop como o Elbow e Blur estão liderando a campanha, cujo lema é Stop The War (Pare a Guerra). O objetivo dos artistas é chamar a atenção da comunidade internacional contra os planos de um conflito no Oriente Médio.

Manifestação pela independência de Euskal Herria (País Basco)

Mais de 10.000 pessoas saíram às ruas em Euskal Herria, na capital Bilbao, no último dia 11 de agosto, em protesto contra o imperialismo.

Durante toda a manifestação foram entoadas canções revolucionárias como “Avanti Poppolo” (Bandeira Vermelha), “A las Barricadas” e a “Internacional”.

Cartazes e palavras de ordem desaviavam os promotores da nova guerra, como “Contra o capitalismo, intifada global”.

Outros conclamavam cerrado apoio à resistência palestina e ao Batasuna, partido que luta pela libertação do país basco, colocado na ilegalidade pelo governo espanhol de Aznar.

Iraque e Oriente Médio

Em agosto deste ano, o povo iraquiano demonstrou nas ruas sua disposição de resistir aos ataques do imperialismo ianque.

Milhares de mulheres desfilaram uniformizadas e armadas de fuzis, apresentando-se como voluntárias, junto a multidões de conterrâneos, jurando defender com a própria vida a soberania da nação iraquiana.

Em toda a região do Oriente Médio milhares de manifestantes repudiam o imperialismo, pisoteando e fazendo arder em chamas a bandeira dos Estados Unidos.

Peru e Argentina

Barricadas em Arequipa em julho, desafiavam o governo de Alejandro Toledo, que recém eleito decretara legislação fascista que condena à prisão peruanos que participem de manifestações públicas contrárias ao governo.

Em resposta, o povo peruano organizou, por uma semana, dezenas de manifestações contra o imperialismo ianque e o governo lacaio de Toledo.

Na Argentina, o Secretário do Tesouro norte-americano Paul O'Neill, foi recebido com manifestações de repúdio às políticas ianques e teve de cancelar visita à fábrica da Ford e ao Hospital de Merlo.

Em Saavedra seu carro foi atingido por uma chuva de ovos podres ao som de “Fora O'Neill e o FMI da América Latina”.

Uruguai

No último 6 de agosto, organizações populares promoveram grandes manifestações de rua em Montevidéu, repudiando as medidas econômicas impostas pelo governo em atendimento às exigências do FMI, e contra a repressão policial sobre o povo e os movimentos populares.
Brasil

Desde o inicio do ano, dezenas de manifestações operárias e estudantis marcam a luta antiimperialista no Brasil com a queima das bandeiras ianque e de Israel.

Em dezenas de passeatas a classe operária brasileira, os estudantes e intelectuais portam faixas e cartazes e bradam as palavras de ordem “Abaixo a guerra imperialista”, “Fora ianques da América Latina”, “Viva a resistência heróica do povo palestino”, “Viva a resistência do povo iraquiano contra o imperialismo ianque”, ao som de músicas de luta.

Canadá

O Grupo Grassroots Women, com o apoio da Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS), organização internacionalista fundada em 2001, em congresso realizado na Holanda, convocou para o próximo dia 1º de novembro em Vancouver, Canadá, uma conferência internacional de organizações femininas antiimperialistas sob o tema:

“Rumo à nossa libertação: as mulheres dizem não à guerra e ao imperialismo”.

Na pauta da conferência: construir e organizar a resistência à intensificação dos preparativos de guerra pelos Estados Unidos, apoiar a luta antiiperialista dos povos, denunciar o genocídio no Afeganistão, a invasão de tropas ianques nas Filipinas e a ameaça de deflagração de guerra contra o Iraque, Irã e Coréia do Norte.

O grupo Grassroots Women foi fundado em setembro de 1995, com o apoio do Centro das Mulheres Filipinas.

Estados Unidos

Do dia 27 a 30 de setembro, Washington foi palco de manifestações de protesto contra os crimes do FMI e do Banco Mundial e contra a guerra que prepara o imperialismo ianque no Iraque.

No dia 27, a polícia prendeu mais de 600 manifestantes, não conseguindo, entretanto, deter as manifestações que seguiram no dia seguinte com 10 mil pessoas protestando em frente ao local da reunião do FMI e Banco Mundial.

Finalizando a jornada de protesto, no dia 30 celebrou-se uma grande manifestação contra a guerra no Iraque.

Matérias publicadas por diversas organizações na Internet, descrevem declarações de manifestantes que demonstram o grau de revolta do povo norte-americano contra a política genocida do governo Bush:

“Sempre justificam a violência dos Estados Unidos. Aqui estamos manifestando que não estamos de acordo”.

“Sangue por petróleo, Não!

Crianças mortas por petróleo, Não!”

“Este governo é ilegítimo. Nos propomos a tirar o traje do imperador para que todo o mundo veja que apregoam puras mentiras e causam morte e destruição que só beneficiam os ricos e o poder”.

“Essas manifestações são muito importantes, sobretudo dado ao que os Estados Unidos fazem em todo o mundo: Palestina, Afeganistão e Iraque.

Muitos companheiros estão traçando as conexões, e que bom, porque é muito necessário conectar a luta contra a globalização e a luta contra a guerra, e infundir uma posição anticapitalista”.

6 de outubro: movimento Não em nosso nome!

“Cremos que como habitantes dos Estados Unidos temos o dever de resistir frente a toda injustiça feita por nosso governo em nosso nome...” Assim começa o documento lançado pelo movimento “Não em nosso nome” em todo o país no último dia 6, intitulado “Promessa de Resistência”.

As manifestações de 6 de outubro aconteceram em 40 cidades norte-americanas.

Cerca de 25 mil pessoas participaram da manifestação no Central Parque de Nova Iorque.

Em São Francisco, Los Angeles e Seattle mais de 10 mil pessoas estiveram presentes nas concentrações, além de 7 mil em Portland e 2.500 em Chicago.

Cresce a luta armada pela libertação nacional

Na Irlanda do Norte o IRA (Exército Republicano Irlandês) prossegue sua luta pela libertação do domínio do império britânico.

A guerrilha do ETA luta pela independência do País Basco.

A Guerra Popular na Turquia, Nepal, Filipinas, Índia, Peru prossegue ganhando terreno na luta pela libertação das nações colonizadas pelo imperialismo ianque.

Na Colômbia, hoje ocupada pelas tropas imperialistas, prossegue a luta armada das FARC.

FONTE:http://www.anovademocracia.com.br/04/11.htm

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