Tanto mais aumentam as agressões e ingerências das potências militaristas, com o USA à frente e se agigantam em todos os cantos do mundo as manifestações e protestos populares contra o imperialismo.
Intensificam-se diariamente as concentrações de massa, com milhões de pessoas repudiando o genocídio anunciado pelas tropas da coligação imperialista anglo-americana contra o povo iraquiano.
Apesar das tentativas oportunistas de transformar estes movimentos em inofensivas campanhas pacifistas, é revelador o caráter antiimperialista dos protestos.
Essas corporações da informação imperialista minimizam os números referentes à presença de manifestantes, dando maior destaque às declarações individuais de seus especialistas, com o intuito de distorcer ou mesmo refutar a indignação das massas.
Somente nos últimos dias 15 e 16 de fevereiro, mais de 10 milhões de pessoas, espalhadas pelos cinco continentes, realizaram gigantescas manifestações antiimperialistas, bradando palavras-de-ordem e empunhando cartazes nos quais se podia ler:
Abaixo o imperialismo!
O Iraque resistirá!
Bagdá, Londres, Istambul, Madrid, Islamabad (Paquistão), Roma, dentre outras cidades, foram palco das maiores demonstrações populares dos últimos tempos.
Buscando controlar as imensas reservas de petróleo do Iraque e dos países vizinhos, intimidar o movimento de libertação das nações, distribuir forças repressoras pelos continentes e militarizar as relações com os povos, o USA continua prometendo aos seus comparsas uma generosa parte dos despojos e não reluta a ultimar os preparativos dos bombardeios.
O povo iraquiano prepara, imperturbável, sua resistência.
A guerra já começou
A covarde agressão ao povo iraquiano já foi iniciada.
O cerco e a invasão de boinas-verdes ao norte do Iraque (região também habitada pela população de origem curda, e que o imperialismo passou a denominar de zona de exclusão militar, divulgada desde a segunda semana de fevereiro, violam a soberania nacional, ainda que sem qualquer declaração de guerra - bem como a presença de cem mil soldados ianques no Kwait, onde montaram bases.
À covarde e traiçoeira agressão, se acrescenta o embargo ao Iraque, que vem se prolongando por vários anos, gerando o corte de comunicações e a possibilidade de envio de qualquer auxílio ao país.
Não serão apenas os bombardeios, as armas químicas e biológicas, que os imperialistas lançarão contra o povo, que produzirão o morticínio prometido.
Já são milhares de vítimas, principalmente entre crianças, desde a frustrada invasão ianque no país, em 1991.
Os obuses radioativos usados nessa guerra, somados ao covarde embargo econômico imposto ao Iraque, com a conivência da Organizaçâo das Nações Unidas (ONU), desde essa época, resultaram em milhares de vidas ceifadas pela radioatividade e pela fome.
É superior a um milhão o número de crianças que já pereceram nestas condições.
Ano 1, n.7, março de 2003
http://www.anovademocracia.com.br/07/20.htm
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