domingo, 17 de junho de 2007


O mundo nunca será seguro para seus assassinos


Linchamento de Saddam exibe a miséria moral de Bush e sua Klan


Presidente do Iraque enfrenta martírio com serenidade e destemor.


“A nação vencerá!”, foram suas últimas palavras


Sadam Hussein viveu como um homem e morreu como um homem.


Líder da maior revolução nacional árabe, que nacionalizou o petróleo e fez do Iraque o mais avançado dos países árabes, seu nome será para sempre a bandeira da vitória do povo iraquiano.


Mais do que isso, o martírio de Sadam o tornou, como Lumumba e Che, herói de todo homem livre.


Seu assassinato foi um crime típico da casta imperialista dos EUA, onde o linchamento e enforcamento do inocente substituem a pena do culpado, e onde a Justiça é substituída pela Ku Klux Klan.


A coragem de Sadam ao enfrentar os repulsivos carrascos é o veredicto final que esses criminosos carregarão para sempre como marca indelével da infâmia.


Páginas 5, 6 e 7


Governos e povos condenam bárbarie dos EUA contra Sadam


Em todos os Continentes, multidões saíram às ruas condenando o assassinato e rendendo homenagens ao Heróico Presidente Iraquiano


Governos e povos do mundo inteiro condenaram o assassinato do Presidente Sadam Hussein.


As manifestações e protestos tomaram as ruas do Iraque, da Índia, da Malásia, de vários países árabes e se espalharam por todos os Continentes.


Milhares de manifestantes saíram às ruas da capital Bagdá.


Em Tikrit, cidade natal do presidente iraquiano, milhares de pessoas chegam de todas as partes para render homenagem ao líder.


Centenas de retratos de Sadam estão expostos na cidade.


A mesquita de Tikrit teve suas paredes tomadas por cartões de condolências enviados por simpatizantes do sul do Iraque e da Jordânia que não puderam comparecer ao memorial.


Em Dor, 124 quilômetros ao norte de Bagdá, os iraquianos marcharam para render homenagens a Sadam.


Em Samarra, uma multidão condenou o enforcamento e carregava um caixão simbólico e fotos de Sadam.


O fluxo de visitantes ao túmulo continuou durante toda a semana em Awja, povoado onde nasceu.


Em Falujah, surgiram cartazes prometendo vingança pelo “mártir Sadam”.


A Líbia decretou três dias de luto nacional e cancelou as comemorações do Aid al Adha, data tradicional muçulmana.


O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, destacou que o enforcamento foi um “assassinato político” que “violou todas as leis internacionais que supostamente protegem os prisioneiros de guerra”.


“Condenamos este crime hediondo e este ato vergonhoso, assim como condenamos os EUA, Bush e o governo submisso a ele no Iraque”, afirmou Hassan Abed Rabbo, o ex-ministro palestino do governo de Yasser Arafat.


“O Egito lamenta que as autoridades iraquianas tenham aplicado a sentença”, destacou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Egito, Alaa Hadidi.


A Ordem dos Advogados egípcios organizou, dia 3, uma cerimônia que reuniu centenas de advogados em homenagem à Sadam Hussein, saudado como “herói árabe”.


Para o embaixador do Iraque no Cairo, Mohsen Khalil, “a execução do mártir e herói Sadam Hussein foi um crime sob todos os pontos de vista”.


Na Jordânia, milhares de pessoas saíram às ruas.


A filha mais velha de Sadam, Radhad Sadam Hussein agradeceu ao apoio:


“Deus lhes abençõe. Agradeço a vocês que prestam homenagem à Sadam, o mártir”.


O ato reuniu representantes de 14 partidos políticos e o ministro do Desenvolvimento Político da Jordânia, Mohamed Al Oran.


O governo da maior nação muçulmana do mundo, a Indonésia, condenou o enforcamento do líder iraquiano e destacou “o esforço por uma reconciliação nacional, condição para o Iraque recuperar sua soberania”.


O governo argelino orientou todas as mesquitas do país a realizarem preces pelo descanso da alma de Sadam e todas as cerimônias religiosas ficaram lotadas.


Os partidos políticos argelinos qualificaram de “assassinato político” o enforcamento de Sadam.


EUROPA E AMÉRICA


“Isto poderá ser o divisor de águas para o futuro do Iraque pelas sérias criticas de como o julgamento foi conduzido”, declarou o ministro do Exterior da Finlândia, Erkki Tuomioja, cujo país preside a União Européia.


A chanceler federal da Alemanha, Ângela Merkel, desejou ao “povo iraquiano que encontre seu caminho sem violência”.


Os governos da França e Espanha também destacaram sua oposição à pena de morte.


O primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, afirmou que seu país fará uma campanha junto à Organização das Nações Unidas (ONU) para que a pena de morte seja banida globalmente.


“Esperávamos que a compaixão humana e a racionalidade política fossem levar a decisões mais sábias”, declarou Prodi.


Para o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, o direito internacional “foi violentado uma vez mais no Iraque ocupado, bombardeado e submetido a humilhações, torturas, atropelos e a um genocídio cruel, que estão pretendendo justificar com pretextos e mentiras”.


O presidente do Peru, Alan Garcia, destacou que a execução foi ilegítima e “levada a cabo com o país ocupado por forças estrangeiras”.


O presidente da Argentina, Nestor Kirchner, sustentou em um comunicado que “a execução não contribuirá no processo de pacificação nem ajudará a promoção da reconciliação das distintas comunidades que formam a sociedade iraquiana”.


“A imposição da pena de morte é indefensável em qualquer caso, e é especialmente errada após procedimentos tão injustos”, disse Richard Dicker, diretor do programa de Justiça Internacional da Human Rights Watch, organização dos EUA.


“Esta execução satisfaz os desejos do invasor norte-americano e de seus aliados dentro e fora do Iraque”, afirmou o Conselho dos Ulemas, instância religiosa mais importante do Iraque, que condenou o que chamou de “ódio pessoal”.

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