terça-feira, 19 de junho de 2007

O álibi terrorista e a nova onda da revolução mundial

Os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, nas cidades de Nova Iorque e Washington, marcaram uma viragem na história contemporânea. Nunca a atenção de todo o mundo esteve tão voltada para um único acontecimento como ocorreu quando dos ataques de 11 de setembro. Não houve entre os bilhões de oprimidos da Terra quem não tivesse se regozijado diante dos ataques desferidos contra os Estados Unidos. Certamente, a mais moderada exclamação, naqueles momentos, devolveu ao arsenal dos “bons conselhos” ministrados ao povo para pacificá-lo, como aquele que diz: “Quem semeia ventos colhe tempestades”...
José Moreira Chumbinho
edição ano 2002

A guerra de rapina e a falácia da luta contra o terrorismo

Em maio desde ano, a imprensa ianque divulgou que George Bush sabia, com antecedência, dos ataques ao World Trade Center, em Nova Iorque, e que em 9 de setembro de 2001 já tinha pronto o plano de ataque militar ao Afeganistão.

Consumado o engendro, tão característico do modus operandi da CIA, George Bush desencadeou o plano dos ianques e precisou a definição binária da Nova Ordem Imperialista:

“Ou está com Estados Unidos ou está com o terrorismo”.

Em seguida despachou forças-tarefas, porta-aviões, caças, bombardeiros, tropas de milhares de soldados, contingentes de oficiais, marines e comandos de forças especiais para a região da Ásia Central, Oceano Índico e outras partes do mundo.

Com esse tom, os imperialistas ianques definiram o “terrorismo” como o grande inimigo da Humanidade, obrigaram os demais países imperialistas e governos lacaios de todo o mundo a marcharem com ele e declararam, contra o “terrorismo”, uma guerra sem quartel, sem fronteiras e por tempo indeterminado.

No momento em que se agravam todas as contradições no mundo, resultado da crise geral do sistema capitalista monopolista mundial, a existência dos imperialistas ianques como força hegemônica é, portanto, a maior responsável pelo acirramento das contradições com o resto dos países do globo, a que mais arma maquinações e provocações.

Desta vez concentram tudo contra o “terrorismo” para justificar suas agressões aos demais países e a estupenda contra-propaganda para encobrir o agravamento das suas contradições em cada país do planeta.

Todos os meios de comunicação encontram-se fortemente concentrados em suas mãos, utilizados para justificar,de mil maneiras, que o “terrorismo” é o mal dos tempos, é o grande perigo que ronda a Humanidade, que assola a economia mundial, a liberdade e a democracia.

Assim, a grande peste não é a exploração e a opressão com que os imperialistas e os reacionários de cada país submetem a esmagadora maioria da população da Terra, as guerras de rapina movidas pelos imperialistas contra os países e povos oprimidos, as guerras de partilha do mundo, a imposição de um sistema anacrônico que degrada e esmaga milhões e milhões de seres humanos, mas o “terrorismo”.

Tudo isto é apresentado como pretexto para oprimir ainda mais o próprio povo norte-americano, aprofundando a fascistização do Estado, como nunca, e expandir seus domínios com o estabelecimento de novas bases militares nas regiões onde ainda não exerce total controle.

http://www.anovademocracia.com.br/02/06.htm

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