Definitivamente ninguém está a salvo.
O delinqüente Bush e seu bando de malfeitores já teriam gasto mais de 20 bilhões de dólares para desenvolver armas de bioterrorismo, químicas e biológicas ofensivas.
A denúncia é do professor de direito internacional Francis Boyle que rascunhou o Biological Weapons Anti-Terrorism Act de 1989, aprovado pelo Congresso.
Ele acusa o Pentágono de transformar armas defensivas em ofensivas.
E ainda, de o governo dos Estados Unidos estar realizando projeções de combate para “vencer a guerra biológica”.
Tudo isso sem o conhecimento da opinião pública.
posted by bourdoukan
Em violação da legislação americana e do direito internacional, a administração Bush está a gastar mais dinheiro (em dólares corrigidos da inflação) para desenvolver armamento ilegal com germens ofensivos do que os US$ 2 mil milhões gastos na Segunda Guerra Mundial com o Projecto Manhattan para fabricar a bomba atómica.
Assim o diz Francis Boyle, o professor de direito internacional que rascunhou o Biological Weapons Anti-Terrorism Act de 1989 aprovado pelo Congresso.
Ele declara que o Pentágono "está agora a preparar-se para combater e 'vencer' a guerra biológica, prosseguindo as directivas estratégicas nacionais adoptadas em 2002 pelos dois governos Bush "sem conhecimento em revisão pública".
O Programa de Defesa Química e Biológica do Pentágono foi revisto em 2003 para implementar aquelas directivas, endossando a iniciativa do ataque ("first-use" strike) com armas químicas e biológicas (CBW, na sigla em inglês), afirma Boyle, que ensina na Universidade de Illinois, Champaign.
Designando a acção como "a proverbial cortina de fumo", Boyle afirma que a missão do controverso programa CBV "foi alterada a fim de permitir o desenvolvimento da capacidade ofensiva e armas químicas e biológicas!"
As mesmas directivas, acusa Boyle no seu livro Biowarfare and Terrorism (Clarity Press), "inconstitucionalmente usurpam e anulam o direito e o poder do Congresso dos Estados Unidos de declarar guerra numa grosseira e descarada violação do Artigo 1, Secção 8, Cláusula 11 da Constituição do Estados Unidos".
No ano fiscal 2001-04, o governo federal financiou US$ 14,5 mil milhões "ostensivamente só para o trabalho da guerra biológica 'civil' ", uma soma "verdadeiramente estarrecedora", escreveu Boyle.
Outros US$ 5,6 mil milhões foram votados para "o projecto enganosamente chamado 'Bio-protecção' ('BioShield'), sob o qual a Segurança Interna (Homeland Securtiy) está a acumular vacinas e drogas para combater o antráx, a varíola e outros agentes de bioterror, escreveu Boyle.
A protecção da população civil, disse ele, é "uma das exigências fundamentais para travar efectivamente a guerra biológica".
O Washignton Post relatou em 12 de Dezembro que ambas as casas do Congresso aprovaram este mês legislação "considerada por muitos como um esforço para salvar o projecto com dois de Bio-Protecção, o qual foi marcado por atrasos e problemas operacionais".
Quando o presidente Bush a assinar, concederá US$ 1 mil milhões mais ao longo de três anos para a investigação adicional "bombear mais dinheiro para o sector privado o mais cedo possível".
"A enorme quantia de dinheiro" aparentemente dedicada à "defesa civil" que está agora a ser gasta "dramaticamente e de forma cada vez maior", escreve Boyle, "trai o esforço desta administração de ser capaz de embarcar em campanhas ofensiva utilizando armas biológicas". Ao despejar somas enormes em laboratórios de universidades e do sector privado, acusou Boyle, o governo federal cooptou e divergiu a indústria americana da biotecnologia para a guerra biológica.
Segundo o biólogo molecular Richard Ebright, da Universidade Rutgers, mais de 300 instituições científicas e 12 mil indivíduos têm acesso a patógenos adequados à guerra biológica e ao terrorismo.
Ebright descobriu que o número de permissões do Instituto Nacional de Saúde para a investigação de doenças infecciosas com potencial para a bioguerra disparou de 33 em 1995 para 497 em 2000.
A participação académica na bioguerra, envolvendo o abuso da engenharia genética do DNA desde os fins da década de 1980, tornou-se "obviamente patente", afirmou Boyle.
"As universidades americanas têm uma longa história de permitirem de bom grado que as suas agendas de investigação, investigadores, institutos e laboratórios sejam cooptados, corrompidos e pervertidos pelo Pentágono e pela CIA".
"Estes desprezíveis cientistas da morte estavam a armar o Pentágono com os componentes necessários para produzir um maciço conjunto de armas biológicas com DNA geneticamente projectado", declarou Boyle.
Num prefácio ao livro de Boyle, Jonathan King, professor de biológica molecular do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, escreveu: "os crescentes programas de bioterror representam um significativo perigo emergente para a nossa própria população" e "ameaça as relações internacionais entre os países".
Apesar de tais programas "serem sempre chamados defensives", disse King, "com as armas biológicas, os programas defensivo e ofensivo interpenetram-se quase completamente".
Boyle sustenta que os EUA estão "ruptura" tanto em relação às convenções de Armas Química e Biológicas (Biological Weapons and Chemical Weapons) como em relação à lei criminal interna. Em Fevereiro de 2003, por exemplo, os EUA permitiram-se uma patente de uma granada de longo alcance com armas biológicas.
Boyle considera que outros países perceberão as implicações militares das acções americanas com germens de guerra e responderão da mesma forma.
"O mundo será em breve testemunha de uma corrida às armas biológicas de facto entre os estados mais importantes em biotecnologia sob o disfarce de 'defesa' e apesar das exigências da Biological Warfare Convention(BWC)".
"A proliferação maciça da tecnologia da bioguerra, instalações, assim como cientistas e técnicos treinados por todo os Estados Unidos, cortesia da administração Neo-Com de Bush Jr., tornará uma guerra catastrófica, ou um incidente bioterrorista ou um acidente uma certeza estatística", advertiu Boyle.
Ainda em Setembro de 2001, segundo uma reportagem no New York Times intitulada "U.S. Pushes Germ Warfare Limits", os críticos estavam preocupados porque "a investigação estava perto de violar um tratado global de 1972 que bania tais armas".
Mas responsáveis americanos responderam naquele momento que estavam mais preocupados acerca do entendimento da ameaça da guerra com germens e em desenvolver possíveis defesas.
O tratado de 1972, que os EUA assinaram, proíbe o desenvolvimento de armas que espalhem doenças, tais como a antráx, considerado como o "ideal" para a guerra com germens.
Segundo um artigo no Baltimore Chronicle & Sentinel de 28 de Setembro último, Milton Leitenberg, um veterano advogado do controle de armas da Universidade de Maryland, afirmou que o governo estava a gastar milhares de milhões com a guerra com germens quase sem nenhuma análise da ameaça.
As afirmações de que terroristas utilizarão as armas foram "deliberadamente exageradas", afirmou ele.
Em Março de 2005, 750 biólogos americanos assinaram uma carta a protestar com o que consideram um estudo excessivo das ameaças bioterroristas.
O Pentágono não respondeu às acusações feitas por Boyle.
[*] Escritor free-lance sobre questões políticas e militares.
Contacto: sherwoodr1@yahoo.com
O original encontra-se em http://www.politicalaffairs.net/article/articleview/4582/1/228/ Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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