Al-Qaeda ameaça tornar Iraque pior do que o Vietname
Al Jazeera crítica.
Zawahri acusa o Egipto de defender interesses americanos
"Catástrofes piores do que as registadas no Vietname" esta a principal ameaça aos EUA contida num vídeo da Al-Qaeda, divulgado, ontem, pela cadeia de televisão Al-Jazeera.
Denunciando o que apelida de "política de agressão contra os muçulmanos", o egípcio Ayman Zawahri, número dois da rede terrorista dirigida por Ben Laden, exige uma "retirada imediata" do Iraque, sob risco de se registarem "dezenas de milhares de mortos, muito mais feridos e estropiados".
Dirigindo-se aos britânicos, Zawahri alertou para a possibilidade de mais destruição, "se Deus quiser", apesar de não se referir directamente aos atentados de Julho, entretanto reivindicados por uma alegada célula da Al-Qaeda.
Aos restantes membros da coligação internacional que participou na invasão, em Março de 2003, e posterior ocupação do Iraque - "cruzados", na terminologia da Al--Qaeda -, o médico egípcio de 54 anos, tido como o principal ideólogo da rede, recorda que lhes foi "oferecida uma trégua", em 2004, que não aceitaram.
Por isso, acrescenta, não terão segurança até que os muçulmanos possam viver pacificamente na Palestina, até que os exércitos ocidentais sejam retirados da "terra de Maomé".
No vídeo, Zawahri, que surge vestido de branco e com uma kalachnikov ao lado, também não poupa os dirigentes do seu país, acusando-os de "defenderem os interesses americanos e israelitas".
Dois políticos em particular merecem-lhe comentários depreciativos o Presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, que tem prestado forte apoio a Washington na luta contra o terrorismo, é apresentado como "corrupto"; e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, é criticado enquanto "laico que vendeu a sua fé".
Mas estas passagens não constam do resumo de imagens distribuído pela Al-Jazira às outras cadeias internacionais de televisão.
De férias, o Presidente americano, George W. Bush, disse que estas declarações "mostram claramente que o Iraque faz parte da guerra contra o terrorismo".
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