quarta-feira, 4 de julho de 2007

O IRAQUE "NÃO ESTAVA NA LISTA"


15 de fevereiro, 2002 - Publicado às 11h10 GMT

´EUA podem agir sozinhos contra Saddam Hussein`


O Secretário de Estado americano, Colin Powell, disse na quinta-feira que o governo americano está trabalhando ativamente para garantir a remoção do líder iraquiano, Saddam Hussein.
Powell disse a um fórum de jovens, organizado pela rede de televisão MTV, que o regime iraquiano tem que mudar ou ser mudado.
Ele acrescentou que o presidente George W. Bush está trabalhando para conseguir isto de forma pacífica, mas não descarta outras opções.
E disse que os Estados Unidos podem agir sozinhos, se necessário.
Num discurso feito no mês passado, Bush se referiu ao Iraque, à Coréia do Norte e ao Irã como partes de um "eixo do mal" - uma acusação que provocou uma reação hostil dos três países citados.
Regimes despóticos

"Compreendemos claramente a natureza despótica do regime iraquiano e acreditamos que ele tem que mudar ou precisa ser mudado".
(Colin Powell, Secretário de Estado dos Estados Unidos)
Segundo Powell, "o presidente (Bush) está trabalhando diplomaticamente e politicamente com este fim, mas também está mantendo todas as opções em aberto".
Ele garantiu que os países aliados vão ser consultados antes da tomada de qualquer ação contra o Iraque, mas ressaltou que os Estados Unidos se reservam o direito de agir sozinhos:
"Esperamos poder trabalhar com todos os nossos amigos da comunidade internacional, mas o presidente não descarta a opção de ter que agir sozinho, se for necessário", alertou o Secretário.
O discurso inflamado dos Estados Unidos contra o Iraque nos últimos dias criou preocupação de alguns dos seus aliados no Golfo Pérsico, no Oriente Médio e na Europa.
Ataque justificado
Mais tarde, ainda na quinta-feira, Powell se encontrou com o ministro canadense das Relações Exteriores, Bill Graham, que se mostrou cauteloso:
"Ninguém apóia Saddam Hussein, mas, em política internacional, antes de invadir um país soberano é preciso ter uma razão, ou vamos chegar ao caos internacional".
Segundo Graham, o Canadá não acredita que haja "um perigo claro e iminente" vindo do Iraque.
"Não se deve exagerar a situação no momento", concluiu o ministro canadense.
O presidente russo, Vladimir Putin, também reagiu, afirmando que não há motivos para estender a guerra contra o terrorismo ao Iraque.
"Sabemos quem são os representantes e cidadãos de nações que estão lutando junto com o Talebã e de onde vem o financiamento dessas operações.
O Iraque não está nesta lista", afirmou Putin.

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