Vice-líder da Al Qaeda ameaça realizar ataques contra Ocidente
A Al Qaeda continuará a atacar alvos dos EUA e de outros países do Ocidente enquanto os muçulmanos estiverem sob ataque, afirmou o segundo homem na cadeia de comando da rede, Ayman al-Zawahri, em um vídeo divulgado na quarta-feira.
"Se somos atacados em nossas terras, não deixaremos de atacá-los nos seus países, se Deus quiser", afirmou Zawahri na gravação, divulgada pela rede de TV Al Jazeera.
"A fórmula para a segurança dos senhores é essa: os senhores não sonharão em ter segurança enquanto não a experimentarmos na Palestina e em todos os países islâmicos", afirmou.
A Al Qaeda, que realizou os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA, prometeu várias vezes realizar outras investidas contra o país.
Zawahri fez uma ameaça do tipo, pela última vez, em um vídeo divulgado em junho e no qual prometia vingar a morte do líder da rede no Iraque.
Na gravação mais recente, o número dois da Al Qaeda rebateu o argumento do presidente dos EUA, George W. Bush, de que o combate ao terrorismo garantiria a segurança.
E disse que os norte-americanos estavam desesperados para encontrar uma saída do Iraque e do Afeganistão, mas que se aproximavam das pessoas erradas.
"Tanto os democratas quanto os republicanos procuram desesperadamente por uma saída dos desastres no Afeganistão e no Iraque. E ainda continuam usando a mesma mentalidade agressiva e tentando cooperar com algumas pessoas para garantir essa saída. Mas essas pessoas não conseguirão lhes oferecer uma saída, e os senhores vão fracassar."
Zawahri acrescentou:
"Os senhores não estão negociando com os verdadeiros detentores do poder no mundo islâmico e os senhores parecem estar caminhando rumo a uma penosa rodada de negociações, depois da qual serão obrigados a negociar com as forças reais."
Em vista de pressões crescentes para mudar os rumos da impopular guerra no Iraque, Bush estuda as recomendações feitas pelo Grupo de Estudo sobre o Iraque, formado por membros do Partido Republicano e do Partido Democrata.
O painel recomendou que os EUA negociem diretamente com a Síria e o Irã a respeito do Iraque e que acelerem o programa de treinamento das forças iraquianas a fim de retirar os soldados norte-americanos dali até o começo de 2008.
Zawahri convocou os combatentes sunitas a unirem-se ao chamado Estado Islâmico no Iraque, uma entidade anunciada por um grupo da Al Qaeda em outubro.
"Conclamo toda a nação muçulmana a dar apoio a esse Estado nascente já que essa, se Deus quiser, é a porta para a libertação da Palestina e para a retomada do califado islâmico", disse.
"Conclamo todos os meus irmãos mujahideen no Iraque a unirem-se a esse comboio abençoado a fim de salvar o califado iraquiano dos grilhões dos cruzados e seus agentes, os traidores que venderam sua fé", afirmou o militante, que nasceu no Egito.
Zawahri também atacou os líderes xiitas do Iraque que, segundo disse, opunham-se à jihad contra as forças lideradas pelos EUA no Iraque ao mesmo tempo em que consideravam a guerra do Hezbollah, uma guerrilha libanesa, contra Israel, ocorrida recentemente, como algo sancionado pelo Islã.
"Como é possível que a jihad contra os judeus no Líbano esteja de acordo com o Islã enquanto a jihad contra os norte-americanos no Iraque e no Afeganistão seja um tabu", disse.
Fonte: Reuters
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