Seiscentos líderes iraquianos repelem corte de Bush e exigem devolução do Poder a Sadam
Seiscentos líderes tribais de todas as regiões do Iraque – norte, sul e centro - divulgaram no dia 6 uma carta dirigida aos parlamentares do Partido Democrata dos EUA,
em que denunciam a sentença de morte contra o Presidente Sadam Hussein, repudiam o tribunal de Bush, exigem sua libertação e retorno ao poder.
“Nós, como representantes da maioria do povo iraquiano, acreditamos que Sadam Hussein é o único presidente legítimo do Iraque.
Os EUA o encarceraram como prisioneiro de guerra, apesar de ser contrário à lei internacional levá-lo a uma corte ilegal e a um julgamento injusto”, apontou a mensagem.
O documento acrescenta que “por todos esses anos, desde março de 2003, a maioria do povo iraquiano crê que a segurança e estabilidade do Oriente Médio não será conseguida, a menos que o Presidente legítimo do Iraque, Sadam, retorne ao poder.”
“A propósito, queremos informar-lhes que a maioria dos líderes tribais que assinaram esse documento éramos oponentes de Sadam nos anos antes da ocupação”, destacaram os signatários.
“A propósito, queremos informar-lhes que a maioria dos líderes tribais que assinaram esse documento éramos oponentes de Sadam nos anos antes da ocupação”, destacaram os signatários.
Sobre o tribunal de Bush, os líderes tribais apontaram que “não tem qualquer legalidade e foi estabelecido pelo governador civil americano, Bremer, e vocês sabem que a lei internacional proíbe o invasor de alterar as leis e o sistema econômico do país sob ocupação, e o Iraque é hoje um país sob ocupação de acordo com as resoluções da ONU e leis internacionais”.
“Sob as atuais circunstâncias, onde ninguém pode proteger a si mesmo ou a sua família, inclusive as autoridades dos EUA e os membros do governo que usam helicópteros, tanques e milhares de guardas, como vários de vocês viram quando estiveram em Bagdá, não há a menor chance de que haja um julgamento imparcial”, acrescenta a carta.
“Sob as atuais circunstâncias, onde ninguém pode proteger a si mesmo ou a sua família, inclusive as autoridades dos EUA e os membros do governo que usam helicópteros, tanques e milhares de guardas, como vários de vocês viram quando estiveram em Bagdá, não há a menor chance de que haja um julgamento imparcial”, acrescenta a carta.
“Como é possível ser um tribunal justo, quando nove dos advogados de defesa foram assassinados durante o julgamento?
Como pode ser justo, se as testemunhas de defesa não podem chegar até o tribunal?”
“Gostaríamos de lhes informar que Presidente algum serviu o Iraque como Sadam o fez.
E assim, como fizemos meses atrás em Kirkuk, anunciamos nossa demanda pela libertação de Sadam e retorno à sua posição. Anunciamos ainda, naquele encontro, que a execução de Sadam levaria mais milhões dos nossos homens armados contra as forças dos EUA.
E responsabilizamos o governo dos EUA pela destruição da infra-estrutura e morte de mais de 655 mil iraquianos e pelos quatro milhões mortos nos 13 anos de sanções contra nosso povo.
Assim, acreditamos que é de vossa responsabilidade ética ajudar-nos a restabelecer as coisas como elas eram antes da invasão e evitar qualquer dano a Sadam, e tendo em vista que ele é um preso de guerra sob custódia de vocês”, sublinharam.
Para concluir, os líderes iraquianos expressaram aos congressistas democratas “nossa aspiração pela paz entre nossos países.
Gostaríamos de restabelecer boas relações com os EUA, e o único modo para isso é começar a devolver a autoridade aos legítimos líderes iraquianos, e evitando que qualquer dos seus fantoches atinjam Sadam”.
A.P.
A.P.
Matéria da Edição de 08/12/2006
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