quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Resistência Iraquiana versus ocupação militar do imperialismo ianque

Resistência iraquiana: signo esperançador da impotência imperialista no actual caos sistémico mundial capitalista


Boníssima notícia para todos os explorados do planeta: o povo iraquiano resiste contra a ocupaçom militar do imperialismo ianque.


Cada dia ataca e cada semana fai baixas aos invasores.


O saque do petróleo nom pode pagar as despesas da invasom porque as sabotagens impedem o seu roubo.


Bush corre sério risco de nom ser reeleito no próximo ano.


A evoluçom militar da situaçom no Iraque é um signo MUITO esperançador para o imediato futuro da Humanidade.


Porque evidencia a impotência imperialista no actual caos sistémico mundial capitalista.


Os últimos 500 anos dessa desgraça universal que é o capitalismo tenhem criado os cinco mil milhons de pessoas que actualmente estám em situaçom de sofrimento extremo ou grave neste planeta, demonstrando empiricamente a validade da lei geral da acumulaçom capitalista enunciada por Marx no Livro primeiro do Capital.


Eu próprio tenho argumentado esse cálculo no meu recente livro Que fazer?


Lutar por Euskal Herria contra a Uniom Europeia e o capitalismo mundial.


Esse funesto recorde histórico conseguido polo capitalismo (nunca antes na história da humanidade houvo tanta miséria, tanto sofrimento humano como o que o capitalismo tem fabricado) coincide com a crise terminal do Modo de Produçom Capitalista.


Agudizadas as suas contradiçons genético-estruturais, levadas a máximos já insuportáveis e insustentáveis a sua contradiçom primeira (o Capital contra o Trabalho) e a sua contradiçom segunda (o Capital contra a Natureza), o capitalismo é já incapaz de repetir os seus êxitos anteriores: os de atingir novos reequilíbrios que prolonguem a sua vida mediante a "purga" de umha das suas crises periódicas genético-estruturalmente programadas no seu ADN.


E tem-se sumido (e tem sumido o planeta) no típico caos sitémico mundial característico das vésperas da mudança de um Modo de Produçom.


Tam sido nessa conjuntura histórica (desconhecida nos últimos 500 anos) que pola primeira vez em muitas décadas a extrema direita ianque tem deixado de ser o grupo de pressom que influi no (e se beneficia do) poder executivo dos Estados Unidos.


Para passar a ocupá-lo directamente. Isso nom tinha acontecido nunca nos sessenta anos do período 1941-2001.


Esses "falcons", esses ultradireitistas ianques dos quais o imbecil e criminosos Bush é apenas o pelele e o mascarom de proa, tenhem reconhecido a excepcionalidade da crise mundial capitalista.


E propositadamente tenhem deixado de tentar manter o Modo de Produçom Capitalista para ensaiarem um novo sistema alternativo: um fascismo planetário imperialista baseado na manutençom e o uso da supremacia militar incontestável dos exércitos dos Estados Unidos.


Como tem escrito Immanuel Wallerstein:


"Acreditam que os Estados Unidos tem o exército mais poderoso do mundo, que podem vencer qualquer campanha militar que empreendam, e que o prestígio e o poder estado-unidense no sistema-mundo somente podem ser restaurados por umha demonstraçom de força"


(http://www.basque-red.net/gap/iwg/105g.htm )
por isso levavam anos a reclamar umha guerra contra o Iraque.


Por exemplo reclamárom-na publicamente durante os últimos anos da presidência de Clinton mediante um manifesto assinado por vinte "falcons" entre os que estavam o actual vicepresidente Cheney e o actual secretário da Defesa Rumsfeld.


Por isso apenas seis dias após a queda das Torres Gémeas Bush assinou um documento, clasificado como "alto segredo", polo qual o presidente se dirigia ao Pentágono instando-o a começar a planejar "opçons militares" para umha invasom do Iraque.


Por isso em 17 de Setembro de 2002 a Presidência de Bush emitiu a sua "Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos da América".


Documento que era a declaraçom clara e global da política estado-unidense posterior à guerra fria e ao 11-S.


Que além de umha hipócrita retórica incluía o aviso de que os Estados Unidos exigiam o monopólio do uso (e do abuso) da guerra preventiva para esmagar as que eles definam como ameaças estrangeiras.


A guerra preventiva nom só foi estigmatizada como crime de guerra em 1946 nos tribunais de Nuremberga ("Principiar umha guerra de agressom nom só é um crime; é o crime internacional supremo, que difere unicamente do resto dos crimes de guerra em que nele se contém a acumulaçom de toda a maldade dos ditos outros crimes").


É que desde a Paz de Westfalia de 1648 todo o funcionamento político internacional do sistema interestatal do mundo capitalista tem estado pivotado precisamente sobre a negaçom do direito à guerra preventiva.


Por isso a sua proclamaçom polos "falcons" ianques actualmente governantes é o sintoma inequívoco da sua tentativa de substituiçom de um mundo baseado no Modo de Produçom Capitalista (que reconhecen já ferido e em crise) por um império fascista planetário ianque baseado na indiscutível hegemonia militar.


Baseado noutra proclamaçom do documento sobre a "Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos da América": a intençom dos Estados Unidos de se manterem na medida do possível militarmente tam por diante de qualquer possível rival que aspire à hegemonia mundial como para que a este lhe resulte absurdo pensar sequer em apresentar o desafio.


Por isso neste ano de 2003 a despesa em Defesa dos Estados Unidos vão igualar A SOMA do gastado polos nove estados que o seguem no gasto militar: a Rússia, França, o Japom, Inglaterra, a Alemanha, a China, a Arábia Saudita, Itália e o Brasil.


Mas a resistência iraquiana está a crescer e a ganhar.


Está a demonstrar que o poder militar ianque pode ganhar guerras MAS NOM PODE MANTER OCUPAÇONS.


O fascismo militar planetário ianque É INVIÁVEL.


A guerrilha urbana converte as cidades em selvas do Viet Nam.


E hoje a maioria da populaçom do Terceiro Mundo concentra-se já em gigantescas macroconurbaçons.


O poder militar atómico ianque poderia destruir a populaçom de países inteiros.


Mas nom pode mantê-los submetidos.


E está por ver se os seus pilotos nom se rebeleariam como acaba de fazer a elite dos pilotos israelianos.


Como disse Bertolt Brecht:


General, o teu tanque é mais forte do que um carro.

Arrasa um bosque e esmaga cem homens.

Mas tem um defeito: necessita um condutor.

General, o teu bombardeiro é poderoso.

Voa mais rápido do que a tormenta e carrega mais do que um elefante.

Mas tem um defeito: necessita um piloto.

General, o homem é muito útil,

Pode voar e pode matar.

Mas tem um defeito: pode pensar.
Honra, pois, à
heróica resistência contra o invasor do Povo Trabalhador Iraquiano.


Que os criminosos de guerra Aznar, Blair e Bush chamam, é claro, "terrorismo".


Numa parede em Faluja uma legenda em árabe.


"Aquele que der a mais mínima ajuda aos americanos é um traidor e um colaborador".


Serve na Galiza, Països Cataláns, Canárias, Astúries, Ceuta, Melilha e Euskal Herria substituindo americanos por espanhóis.

PALAVRAS DO PRESIDENTE SADDAM HUSSEIN:


"Levantem-se contra o ocupador, não confiem naqueles que falam sobre sunitas e xiitas, porque a única questão agora para o nosso grande país é a ocupação."

"Não há prioridades exceto expulsar o ocupador infiel, criminoso, assassino e covarde..."

"O Iraque...será vitorioso...e nós reconstruiremos o Iraque que eles querem dividir em pedaços.


Unam-se e o inimigo e os traidores que vieram com ele fugirão...
Boicotem o ocupador, essa é a sua missão sob o Islã, a religião e o país."


Nenhum comentário: