sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Verdadeiras Intenções de Israel



Israel roubando mais terras
Estaria Israel mesmo interessado em “negociar a paz”?




Enquanto os holofotes da comunidade internacional se voltam para a
breve “reunião de paz” entre
Israel e a Autoridade Palestina,
organizada pelos Estados Unidos, o governo israelense está
ocupado com outra coisa: expandir os seus assentamentos ilegais
na Cisjordânia, que ironicamente é controlada hoje pela própria
Autoridade Palestina.



Israel roubando mais terras

Enquanto os holofotes da comunidade internacional se voltam para
a breve “reunião de paz” entre Israel e a Autoridade Palestina,
organizada pelos Estados Unidos, o governo israelense está
ocupado com outra coisa: expandir os seus assentamentos ilegais
na Cisjordânia, que ironicamente é controlada hoje pela própria
Autoridade Palestina.
O mais recente relatório do movimento pacifista israelense Peace
Now,
que abrange o período entre maio e outubro de 2007, informa
que há 88 construções ilegais israelenses em distintos pontos na
Cisjordânia,
“variando de pequenas casas até grandes projetos de
dezenas e centenas de edifícios”.


O mais chocante no relatório é
provavelmente a descrição de um novo bloco residencial ultraortodoxo,
com cerca de 600 unidades, que será anexado ao
assentamento ilegal de Givat Zeev, ao norte de Jerusalém.

As
intenções do governo israelense ficam claras quando o relatório
prova que novas construções estão a caminho em 34 dos 105
“pontos de controle” militares israelenses nas
terras palestinas
ocupadas.
O que fica evidente é que os “encontros de paz” entre Israel e a
Autoridade Palestina, tão glorificados pela mídia ocidental,
escondem uma realidade constante da Palestina – a anexação
ilegal de terras pelo governo israelense
.

Com o território palestino
sendo diariamente engolido por assentamentos israelenses, é difícil
imaginar um estado palestino independente em um futuro próximo.
Outro ponto crítico do relatório da Peace Now indica exatamente
isso, ao condenar a construção da estrada E-1 por parte de Israel.
Supostamente, a estrada serviria para “facilitar o transporte para os
palestinos”, mas, ao que tudo indica, trata-se de um meio para
dividir a Cisjordânia a tal ponto que se tornem duas terras que não
sejam limítrofes.

Essa questão se evidencia após uma breve análise
de onde os assentamentos são construídos – a maioria deles no
lado oeste do controverso “Muro de Israel”.

Absolutamente, todos os
assentamentos israelenses nas terras palestinas ocupadas são
ilegais perante a Lei Internacional.

Após a Guerra Árabe-Israelense
de 1967, o Estado de Israel decidiu expandir suas fronteiras ao leste
de Jerusalém, de 6,5 km² para 70,5 km², incluindo assim terras de
muitas vilas palestinas da Cisjordânia.

Condenados pela
comunidade internacional, representada oficialmente pela ONU,
Israel até hoje ignora a Resolução 242, que os obriga a devolver as
terras ilegalmente ocupadas a seus legítimos proprietários.
O Peace Now se recusa a aceitar a justificativa usada pelo governo
israelense de que a expansão na Cisjordânia, lar de 2,4 milhões de
palestinos, se trata do “crescimento natural de Israel”.

Usando as
próprias estatísticas fornecidas pelo governo, o relatório indica que
o número de colonos judeus vivendo em terras palestinas na

Cisjordânia teve um crescimento anual de 5,8%, contra somente
1,8% de crescimento dentro das fronteiras de Israel no mesmo
período.

Dessa maneira, fica claro que o foco israelense é expandir
suas fronteiras através da captura de terras na Cisjordânia
. Citando
diretamente do Peace Now: “O crescimento dos assentamentos é
muito maior do que o ‘crescimento natural de Israel’
, e inclui uma
migração massiva de colonos para a Cisjordânia”.


No início da semana passada,
cerca de 2 mil judeus ultraortodoxos,
muitos deles colonos
das terras palestinas na
Cisjordânia, protestaram nas
ruas de Jerusalém contra o
suposto diálogo entre Israel e a

Autoridade Palestina.

Para eles, ainda existe o sonho de uma
“Grande Israel”, ocupando toda a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.


Protestos como os atuais e essa ideologia extremista judaica é que
culminaram no assassinato do primeiro-ministro israelense Yitzhak
Rabin, em 1995, por parte de colonos israelenses que o viam como
um obstáculo quanto ao sonho judaico.

Dessa vez, os radicais
foram ainda mais longe.


Rabinos ameaçaram até George W. Bush
por seu envolvimento com a causa, citando a destruição causada
pelo furacão Katrina como uma “punição divina” pela interferência
estadunidense na política israelense
.


Com isso, Israel está em uma situação delicada – ao mesmo tempo
em que oferecem um “diálogo” para a Autoridade Palestina, roubam
terras na Cisjordânia para satisfazer aos extremistas dentro do país.


De uma maneira ou outra, como colocado por Yariv Oppenheimer,
diretor-geral do Peace Now
, “se essa política continuar, teremos um
estado colono ao invés de um estado palestino na Cisjordânia”.

Ao
que tudo indica, é esse o caminho do governo israelense.



“O conhecimento é em si mesmo um poder” – Francis Bacon ( 1561 – 1626 )

http://www.orientemediovivo.com.br/pdfs/edicao_82.pdf

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