segunda-feira, 19 de novembro de 2007

EUA escondem Massacre da População Iraquiana

Os EUA querem esconder o massacre da população iraquiana
Por Causa Operária Notícias Online
20/04/2004 às 16:20

Os ataques à imprensa no Iraque 11 de abril de 2004

Dia 9 de abril, no meio da verdadeira guerra civil iniciada em Faluja, onde já morreram cerca de 500 pessoas, os Estados Unidos colocaram, surpreendente, como condição para se chegar a um acordo, a saída da rede de televisão Al-Jazeera desta cidade.
A rede, no entanto, negou ter recebido qualquer notificação oficial das forças de ocupação norte-americanas.
Desde o começo da invasão do Iraque, os norte-americanos procuram bloquear toda a imprensa que não esteja diretamente a seu serviço.
A al-Jazeera, conhecida como "CNN do mundo árabe" é o canal mais assistido nessa parte do mundo.
Já no início da ocupação, em março de 2003, a Al-Jazeera sofreu ataques por exibir imagens de soldados norte-americanos e britânicos mortos e de prisioneiros de guerra.
Pouco tempo depois, no dia 25 de março, a página da rede de televisão na Internet foi derrubada por hackers, a serviço dos serviços de inteligência do governo norte-americano.
O escritório da Al-Jazeera já havia sofrido ataque semelhante, em 2001 na guerra do Afeganistão.
Outras redes de televisão foram perseguidas, como a Al-Arabiya, proibida de trabalhar no Iraque em 24 de novembro, acusada de "incitar ao assassinato", e a TV de Abu-Dabi, cujo escritório foi atacado em abril do ano passado e as imagens transmitidas.
O vice-diretor de operações militares do EUA no Iraque declarou que a exibição de imagens que mostravam ataques aéreos a bairros residenciais eram uma "série de mentiras".
Porém, quando perguntado pelo âncora da Al-Jazeera a respeito das imagens transmitidas ao vivo, disse que não os estava acusando de mostrar imagens falsas, mas apenas de "ver as coisas de uma outra maneira".
Disse ainda que os ataques realizados por aviões F-16 pretendiam retirar "insurgentes armados que disparavam sobre nossas tropas", quando o âncora lembrou que as imagens mostravam mulheres e crianças mortas por mísseis e não "insurgentes armados".
Donald Rumsfeld, secretário de defesa dos Estados Unidos declarou a 25 de novembro,ter visto reportagens que sugeriam que a al-Jazeera cooperou com a resistência iraquiana atacando as tropas norte-americanas, acusando-a de fazer uma cobertura anti-americana.
O diretor geral do Al-Jazeera, Wadah Khanfar rebateu dizendo que estão realizando o trabalho da maneira mais profisional possível.
Disse ainda em tom desafiador que a equipe do Al-Jazeera não sairá da cidade "voluntariamente".
A rede é a única que tem transmitido a situação dos últimos dias, cujo desenvolvimento é acompanhado fervorosamente pelos habitantes locais. A simples exibição das imagens cotidianas da guerra são fatores de preocupação para os Estados Unidos.
Imagens como as da última semana que mostravam cadáveres espalhados pelas ruas e aviões de guerra norte-americanos bombardeando o único hospital da cidade.
A simples transmissão de informação constitui um entrave para continuar livremente o massacre que estão promovendo no Iraque e agora na cidade e Faluja onde estourou a revolta contra os norte-americanos.
Isso fica claro na declaração de Donald Rumsfeld, que falava também da estação Al-Arabiya; "Estão nos prejudicando".
A imprensa é um instrumento tão poderoso que ao sair minimaente do controle dos invasores torna-se uma ameaça à sua atividade.
É importante notar que rede Al-Jazeera está muito longe de ser uma rede de esquerda como querem retratar os comandantes norte-americanos.
Ela é perseguida apenas pelo fato de que não está sob controle direto das tropas imperialistas.
A guerra "democrática" não pode conviver, na realidade, com nenhum tipo de imprensa, exceto a diretamente controlada pelo comando da ocupação, devido ao genocídio de que está sendo vítima o Iraque.
Outro aspecto deste mesmo problema é o fato de que a crise com a população xiita evoluiu a partir da tentativa do comando norte-americano de fechar o jornal dirigido pelos xiitas de Sadr, o tablóide Al Hauza.
Para que as atrocidades que estão cometendo permaneçam na obscuridade foi promovida no ano de 2003 uma das maiores perseguições ao jornalismo, inclusive das grandes empresas capitalistas como a Reuters e CNN.
Cerca de 64 foram assassinados no mundo, sendo 19 deles no Iraque.
Em 18 de agosto as tropas norte-americanas mataram um cinegrafista da Reuters, vencedor de um prêmio, enquanto filmava um campo de detenção norte-americano em Bagdá.

Comentários

TV Al Jazeera que contém diversas imagens
col@borador 20/04/2004 18:09
http://www.aljazeera.net/news/arabic/2003/3/3-22-26.htm
Link para fórum da TV Al Jazeera que contém diversas imagens feitas pela emissora de TV, mostrando a situação das vítimas civis da guerra no Iraque.
A mídia ocidental, obviamente, não divulgou essas imagens, temendo a reação do público.
Peço a vocês que passem esse link para todo mundo que vocês conhecem: São fotos da Al Jazeera mostrando as vítimas civis da guerra no Iraque. Eu sei que tem gente que tem aflição de ver essas coisas, mas pensem por outro lado: se vocês têm aflição só de ver, imaginem o que devem estar sentindo as pessoas que estão vivendo isso de verdade!?!?!

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