Hollywood volta seus holofotes para as guerras no Iraque e Afeganistão
LOS ANGELES - Ante a onda de grande oposição popular à guerra no Iraque, vários diretores de Hollywood estão decididos a levar para as telas um número sem precedentes de filmes focados na chamada "guerra contra o terrorismo" destinadas ao grande público.
Marcando uma notável diferença com o passado, quando os filmes contra uma guerra eram lançados no mercado vários anos depois de finalizado o conflito, a nova tendência aponta suas armas cinematográficas enquanto as tropas americanas ainda estão na frente de batalha, seja no Iraque ou no Afeganistão.
O lançamento nos Estados Unidos de "In the Valley of Elah", um drama do diretor canadense Paul Haggis, duas vezes ganhador de um Oscar por "Crash", e que narra o assassinato de um militar na guerra do Iraque promete ser o primeiro disparo de um contra-ataque dos estúdios de cinema.
Este longa-metragem propõe, como os demais, testar a disposição dos cinéfilos de se sentar no escurinho para presenciar duas horas de temas sensíveis como os traumas da guerra ou questões mais políticas, como a segurança interna americana depois dos atentados de 11 de setembro.
Muitos dos filmes em produção abordam as situações angustiantes em que se encontram os soldados no Iraque, entre eles "Grace is Gone", protagonizado por John Cusack, que conquistou a crítica do último Festival de Cinema Independente de Sundance e cuja estréia está prevista para outubro.
Nesse filme, a história se centra no marido de uma mulher que presta serviço no Iraque e morre, e mostra os desafios que sua família deve enfrentar depois da perda.
Cusack confessou que seu entusiasmo por fazer esse filme nasceu da raiva que sentiu quando o Pentágono decidiu proibir a divulgação na imprensa de fotos mostrando os caixões cobertos com a bandeira americana que voltam ao país vindos dos campos de batalha.
- Acredito que as pessoas se interessarão por uma história sobre os custos humanos desta guerra. Não apenas em termos de soldados que estão na luta, como também de liderança civil - comentou Cusack.
Outros filmes que vão nesta direção são "Lions for Lambs", de Robert Redford e protagonizada por Tom Cruise e Meryl Streep, assim como "Redacted", de Brian De Palma, e "Rendition", de Gavin Hood, os três previstos para estrear no fim do ano.
Este último é protagonizado por Reese Witherspoon, que faz a esposa de um engenheiro químico egípcio, preso sem acusação formal e levado para um centro de detenção secreto.
Outros filmes com a mesma temática estrearão em 2008, como "Stop Loss", de Kimberly Peirce, sobre um militar que se nega a voltar ao Iraque, assim como "The Hurt Locker", que se passa na Jordânia e no Iraque.
Darrell West, um especialista em política e mídia da Universidade Brown, explicou à AFP que esta avalanche de filmes de guerra é um reflexo da rejeição maciça ao conflito no Iraque.
- Os filmes contra a guerra são lançados porque a opinião pública está claramente contra a guerra - opinou West.
- É seguro para Hollywood fazer esse tipo de filme sem muito risco de reações contrárias.
Marcando uma notável diferença com o passado, quando os filmes contra uma guerra eram lançados no mercado vários anos depois de finalizado o conflito, a nova tendência aponta suas armas cinematográficas enquanto as tropas americanas ainda estão na frente de batalha, seja no Iraque ou no Afeganistão.
O lançamento nos Estados Unidos de "In the Valley of Elah", um drama do diretor canadense Paul Haggis, duas vezes ganhador de um Oscar por "Crash", e que narra o assassinato de um militar na guerra do Iraque promete ser o primeiro disparo de um contra-ataque dos estúdios de cinema.
Este longa-metragem propõe, como os demais, testar a disposição dos cinéfilos de se sentar no escurinho para presenciar duas horas de temas sensíveis como os traumas da guerra ou questões mais políticas, como a segurança interna americana depois dos atentados de 11 de setembro.
Muitos dos filmes em produção abordam as situações angustiantes em que se encontram os soldados no Iraque, entre eles "Grace is Gone", protagonizado por John Cusack, que conquistou a crítica do último Festival de Cinema Independente de Sundance e cuja estréia está prevista para outubro.
Nesse filme, a história se centra no marido de uma mulher que presta serviço no Iraque e morre, e mostra os desafios que sua família deve enfrentar depois da perda.
Cusack confessou que seu entusiasmo por fazer esse filme nasceu da raiva que sentiu quando o Pentágono decidiu proibir a divulgação na imprensa de fotos mostrando os caixões cobertos com a bandeira americana que voltam ao país vindos dos campos de batalha.
- Acredito que as pessoas se interessarão por uma história sobre os custos humanos desta guerra. Não apenas em termos de soldados que estão na luta, como também de liderança civil - comentou Cusack.
Outros filmes que vão nesta direção são "Lions for Lambs", de Robert Redford e protagonizada por Tom Cruise e Meryl Streep, assim como "Redacted", de Brian De Palma, e "Rendition", de Gavin Hood, os três previstos para estrear no fim do ano.
Este último é protagonizado por Reese Witherspoon, que faz a esposa de um engenheiro químico egípcio, preso sem acusação formal e levado para um centro de detenção secreto.
Outros filmes com a mesma temática estrearão em 2008, como "Stop Loss", de Kimberly Peirce, sobre um militar que se nega a voltar ao Iraque, assim como "The Hurt Locker", que se passa na Jordânia e no Iraque.
Darrell West, um especialista em política e mídia da Universidade Brown, explicou à AFP que esta avalanche de filmes de guerra é um reflexo da rejeição maciça ao conflito no Iraque.
- Os filmes contra a guerra são lançados porque a opinião pública está claramente contra a guerra - opinou West.
- É seguro para Hollywood fazer esse tipo de filme sem muito risco de reações contrárias.
Sempre existe um risco quando se faz um filme contra a guerra em meio a uma guerra que tem o apoio do povo.
Mas, segundo o analista, agora dois terços dos americanos acham que a guerra no Iraque foi um erro e esse é momento perfeito para lançar esses filmes.
- Em 2004, Bush foi reeleito pela guerra contra o terrorismo, mas agora o governo é visto como um destruidor da política externa e que meteu o país num buraco - acrescentou West.
O roteirista de "The Hurt Locker", Mark Boal, opina que os cineastas querem "mostrar coisas vividas pelos soldados que não se pode ver na CNN".
- A maioria dos filmes de guerra é lançada quando a guerra termina.
Mas, segundo o analista, agora dois terços dos americanos acham que a guerra no Iraque foi um erro e esse é momento perfeito para lançar esses filmes.
- Em 2004, Bush foi reeleito pela guerra contra o terrorismo, mas agora o governo é visto como um destruidor da política externa e que meteu o país num buraco - acrescentou West.
O roteirista de "The Hurt Locker", Mark Boal, opina que os cineastas querem "mostrar coisas vividas pelos soldados que não se pode ver na CNN".
- A maioria dos filmes de guerra é lançada quando a guerra termina.
Para mim é fantástico ter filmes que saiam enquanto se desenvolve o conflito.
A Guerra do Vietnã inspirou obras-primas como "Apocalypse now", "O franco atirador" e "Platoon", mas foram lançadas anos depois.
- Hollywood está bastante mais politizada hoje em dia, e tem menos medo de dar sua opinião - considerou Lew Harris, diretor do site especializado Movies.com.
[ 14:17 ] 18/08/2007
A Guerra do Vietnã inspirou obras-primas como "Apocalypse now", "O franco atirador" e "Platoon", mas foram lançadas anos depois.
- Hollywood está bastante mais politizada hoje em dia, e tem menos medo de dar sua opinião - considerou Lew Harris, diretor do site especializado Movies.com.
[ 14:17 ] 18/08/2007
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