quinta-feira, 27 de setembro de 2007

SADDAM HUSSEIN, PROTETOR DOS PALESTINOS


Saddam diz que árabes negligenciaram palestinos

18 de dezembro, 2001 - Publicado às 18h19 GMT

Saddam Hussein pede uma conferência sobre palestinos

Frank Gardner, especialista da BBC para o Oriente Médio

O presidente do Iraque, Saddam Hussein, pediu às lideranças árabes que realizem uma reunião de emergência para discutir a situação do conflito entre palestinos e israelenses.
O pedido de Saddam ocorreu durante um pronunciamento na tevê, transmitido para os países do mundo árabe.
Segundo o presidente do Iraque, os árabes não vêm demonstrando suficiente apoio aos palestinos.
Uma reunião extraordinária entre ministros do Exterior árabes que discutirá a situação nos territórios palestinos está prevista para acontecer nesta quinta-feira.
Mas os países árabes estão divididos quanto à forma de lidar com Israel.
Retórica popular
Segundo Saddam Hussein, a conferência deveria ser realizada na cidada sagrada muçulmana de Meca, na Arábia Saudita, e discutiria exclusivamente a situação dos palestinos.
A próxima conferência árabe deve acontecer em março.
Mas, segundo o líder iraquiano, aguardar até março "é como avisar que os bombeiros estão chegando a alguém que está em cima do carvão em brasa".
Esse tipo de discurso é bem recebido nas ruas aqui no mundo árabe.
E faz parte do apelo de Saddam Hussein entre os cidadãos comuns árabes - a idéia de que eles podem contar com o líder iraquiano quando quiserem uma forte retórica antiisraelense.
Mas o líder do Iraque sabe que não há possibilidade de ele ser convidado para uma conferência de países árabes em território saudita.
Os países do Golfo Árabe não perdoaram Saddam por ter invadido há 11 anos o Kuwait.
Discurso de Arafat
Há também cisões entre o mundo árabe quanto ao discurso feito pelo líder palestino Yasser Arafat no último domingo.
Em seu pronunciamento, Arafat pediu o fim dos atos de violência praticados por militantes palestinos contra Israel e um retorno à mesa de negociações.
Países árabes moderados, como Jordânia e Egito, consideram que o fim da violência é a única maneira de pôr fim à ocupação israelense.
Mas outras nações árabes consideram que o fim ações contra Israel representa uma traição.
Nesta terça-feira, um jornal saudita chegou até a acusar Arafat "de se render a Israel".

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