terça-feira, 23 de dezembro de 2008

NATAL DE 2008


"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina".
(Cora Coralina)

RecadosAnimados.com



quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

QUEM SÃO OS IRAQUIANOS

Who are the Iraqis?

By JOE BOB BRIGGS


NEW YORK, Nov. 11 (UPI) --

Every decade or so, we should remind ourselves of who the Iraqis are:

1. Twelve-thousand years ago, they invented irrigated farming. They got to be so good at it that, today, they can still produce all the food they need even when "sanctions" are imposed.

2. They invented writing.

3. They figured out how to tell time.

4. They founded modern mathematics.

5. In the Code of Hammurabi, they invented the first legal system that protects the weak, the widow and the orphan.

6. Five-thousand years ago, they had philosophers who attempted to list every known thing in the world.

7. They were using Pythagoras' theorem 1,700 years before Pythagoras.

8. They invented artificial building materials, some kind of pre-fab-crete stuff used to construct high-rise towers.

9. Ur, in southeast Iraq, is assumed to be the place we're all descended from.

10. They were the first people to build cities and live in them.

11. For thousands of years, they wrote the greatest poetry, history and "sagas" in the world.

12. Because they were great horse breeders, they invented the cavalry in war.

13. The Iraq Museum in Baghdad contains some of the most outstanding stone, metal and clay sculptures and inscriptions created in the history of the world. Some of them are more than 7,000 years old. If a bomb hits this place, art lovers around the world will go into mourning.

14. The first school for astronomers was established by Iraqis. This is how the "wise men" got to be so wise. They knew how to follow the star.

15. Beginning around 800 A.D., the Iraqis founded universities that imported teachers from throughout the civilized world to teach medicine, mathematics, philosophy, theology, literature and poetry.

16. For the first 1,200 years of its existence, Baghdad was regarded as one of the most refined, civilized and festive cities in the world.

17. Abraham, the father of Israel, was from Iraq.

18. Abraham, the father of Islam, was from Iraq.

19. Abraham, the father and "model" of Christian faith,
was from Iraq.

Categoria: Notícias e política

INVASÃO DO IRAQUE: CINCO ANOS DE TERROR PARA O POVO IRAQUIANO

"Só peço a Deus que a Dor... que a Injustiça... que a Guerra não me seja indiferente."

É o que diz a letra da trilha musical.

As imagens da invasão do Iraque em março de 2003 foram coletadas dos noticiários de TV à época.

...o sofrimento do Povo Iraquiano continua...



domingo, 30 de março de 2008

SUA TELEVISÃO MENTE!


Vocês já ouviram falar sobre isso, não ouviram?

A “FACE BRANCA” E A “FACE NEGRA” DA NOTÍCIA
Tal como existe uma “economia branca” e uma “economia negra”, nos meios de comunicação – por razões comerciais – também existe uma “face branca” e uma “face negra” das notícias difundidas diariamente.
As “notícias negras” (que disfarçam a verdadeira fonte) nas cadeias mediáticas têm um amplo espectro de penetração massiva que supera largamente qualquer operação psicológica concebida pelos meios militares.
A frase “pacificar e democratizar o Iraque”, por exemplo, difundida diariamente pelos títulos das grandes agências e cadeias, foi decisiva para que os iraquianos se esquecessem da ocupação militar e fossem votar em massa nas duas eleições convocadas por Washington e pelo seu governo fantoche no país ocupado.
Até agora, Bush e os democratas tinham dirimido a sua disputa pela Casa Branca, utilizando o Iraque nas grandes cadeias informativas, valendo-se sobretudo da propaganda “negra” lançada através de golpes de efeito psicológico apresentados como “informação objectiva”.
Há que esclarecer que a propaganda encoberta (tipo “terrorismo da Al Qaeda” ou “torturas no Iraque”) produz resultados demolidores, dado que o público massivo da televisão, da rádio ou dos jornais a consome na ignorância dos interesses e objectivos políticos que veicula, e acreditando que se trata de notícias que não têm outro objectivo para além de informar.
A perigosidade extrema da propaganda “negra” assenta no facto de ser apresentada como se fosse uma “notícia” comum pelos média que o sistema cataloga como “credíveis e sérios”.
Assim, por exemplo, a guerra psicológica eleitoral entre Bush e Kerry desenvolveu-se a partir de títulos e textos informativos de The New York Times, The Washington Post, Reuters, CNN, Associated Press, etc., órgãos de comunicação que são tidos como “fontes confiáveis” até por alguma imprensa considerada “alternativa”.
Não ocorre a ninguém pensar que essas estruturas mediáticas são empresas capitalistas que comercializam e lucram com a informação, tal como outras o fazem com o petróleo, com armas, ou com a especulação financeira.
Assim, por exemplo, os democratas valeram-se das denúncias sobre torturas a presos iraquianos por soldados estadunidenses, ou das clássicas aparições de ex­‑assessores “arrependidos” acusando a administração Bush; ao mesmo tempo, a partir da Casa Branca, teve lugar o habitual “aproveitamento eleitoral” com as incontáveis aparições da Al Qaeda no universo “informativo” da imprensa internacional.
Na realidade, nesta altura da massificação informativa e manipuladora da imprensa internacional (superior a qualquer operação de inteligência militar com acção psicológica), é duvidoso o efeito real que possam ter na opinião pública internacional ou local os segmentos infiltrados de “boas notícias” do Pentágono nas populações denunciadas pelos diários norte-americanos.
Os resultados dessas operações são mínimos quando comparados com o efeito das mensagens manipuladoras enviadas através dos títulos das grandes cadeias e média internacionais.
Nessa operação manipuladora vale mais frequentemente o “ocultamento da informação” do que o que se diz explicitamente no desenvolvimento das notícias. Regra geral – e neste ponto a maioria dos especialistas coincide – as transações do Pentágono e da CIA com as grandes cadeias mediáticas não giram à volta de mensagens combinadas mas sim do ocultamento de informação.
Um exemplo claro disto veio à luz quando este fim-de-semana The New York Times revelou que conhecia desde há muito a informação sobre a espionagem interna ordenada por Bush à Agência Nacional de Inteligência estadunidense.
E por que não a deu a conhecer antes?
Simplesmente porque o diário, durante esse tempo, ainda não tinha tomado uma posição extrema a favor dos interesses de poder que hoje querem derrubar Bush e ficar com a Casa Branca.
Não são poucos os peritos e os estudiosos que advogam que as grandes holding mundiais de imprensa utilizam uma “face negra da informação” subvencionada pelo Pentágono e pela CIA, a qual só é conhecida e negociada pelos altos executivos e responsáveis desses consórcios.
Ou seja, que essa operação de contratar informação encoberta da CIA e do Pentágono faz parte da “política de mercado” desses consórcios comunicacionais, que não existem para dizer a verdade mas sim para acumular lucros através do comércio da informação.
Naturalmente que nessas transações com os grandes polvos da informação mundial não intervêm de forma directa representantes da CIA ou do Pentágono, antes se efectuam por intermédio das “empresas biombo” contratadas para o efeito.
E, naturalmente, há algo que The New York Times e o conjunto da imprensa norte-americana nunca vão contar.
Os “serviços” que as grandes cadeias prestam ao Pentágono e à Casa Branca difundindo diariamente notícias do Iraque ou do Afeganistão provenientes apenas de fontes e porta-vozes militares dos EUA, são infinitamente muito mais rentáveis que qualquer operação de manipulação realizada com a compra de média locais.
Não se trata apenas – como diz o jornalista Robert Fisk – do facto de os correspondentes “informarem sobre o Iraque” a partir das suas casas ou dos hotéis da Zona Verde, mas sim do facto de a esmagadora maioria das notícias sobre o Iraque nas grandes cadeias de massas provirem de fontes do exército dos EUA.
Esse é o ponto fulcral da questão, no qual estão envolvidos não apenas as grandes cadeias televisivas e agências mas também o conjunto dos diários norte-americanos encabeçados pelo The New York Times e The Washington Post.
De tal forma, que estes grandes média (como é o caso do Times e do Post) que denunciam operações pontuais de acção psicológica do Pentágono nos média locais, servem de veículo de transmissão de informação sobre o Iraque proveniente dos porta-vozes do Pentágono.
Este contra-senso só se explica pela guerra interna que mantém uma parte do establishment do poder e dos grandes média estadunidenses com a administração republicana de George W. Bush.
Tudo o que “revelam” ou “denunciam” as grandes cadeias contra Bush (ainda que correspondam a uma realidade objectiva, como é o caso do Iraque) vai no sentido dos interesses desses sectores que querem afastar o actual presidente da Casa Branca.
Ou seja, resumindo a questão, as grandes cadeias mediáticas “anti­‑Bush” denunciam as operações “menores” do Pentágono utilizando “empresas biombo” e média locais, mas escondem zelosamente as “grandes operações de ocultamento e manipulação massiva da informação” de que fazem parte através de transacções secretas com a inteligência norte-americana.
A desinformação (ou a falta de contra-informação) a nível das massas, permite que estas operações de acção psicológica continuem a desenvolver-se sob a forma de “notícias”, ou de informação objectiva, sem que nenhum meio de comunicação do sistema ponha em causa a sua veracidade.
E isto indica claramente que o verdadeiro cenário em que se vai definir a guerra pelo controlo da Casa Branca, daqui em diante, é o campo mediático da propaganda “negra”, onde Bush e os democratas combaterão sem tréguas, sem que a maioria do mundo saiba de nada.
À margem disto, e tal como foram sempre, as cadeias e diários norte-americanos continuarão a ser os maiores contratados privados da informação ao serviço da Casa Branca e do Pentágono.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

PELA UNIDADE E SOBERANIA DO IRAQUE




"The Iraqi leadership believes that the Palestinians - and it does not matter who they are and how we [in Iraq] view one figure or another - are not terrorists. The Palestinians fight and struggle with legitimate means... it is a legitimate activity which we support explicitly and not in secret..."
Iraqi Deputy Prime Minister, Tareq Aziz, in response to the speech of US President Bush, MBC Television, 14 September 2002.

Tareq Aziz enfrenta ‘corte’ do invasor e homenageia Sadam

“Tive a honra de trabalhar com o herói Sadam, responsável pela unidade e soberania do Iraque”, afirmou Tareq com altivez na corte-farsa montada por Bush para funcionar no QG ianque da Zona Verde

Em plena corte-farsa de Bush, no interior do QG da invasão em Bagdá, o vice-primeiro-ministro iraquiano, Tareq Aziz, prestou nessa segunda-feira dia 5 sua homenagem ao “herói Sadam”e afirmou ainda que foi o Irã, “com gás cianeto”, que “matou milhares de curdos em Halabja, e não o Iraque”.

“O governo do qual fiz parte não cometeu genocídio contra o povo curdo”, reiterou o líder iraquiano, que compareceu como testemunha do ex-ministro da Defesa Sultan Hachim, no assim-chamado, pelo invasor, ‘caso Anfal’.

“Tive a honra de trabalhar com o herói Sadam, responsável pela unidade e soberania do Iraque”, afirmou Tareq com altivez, apesar de seu conhecido estado precário de saúde e ao qual o invasor se nega a dar cuidados.

Tais declarações levaram o fantoche Mohamed Oreib Al Kalifa, que encena ser “juiz” chefe, a tentar silenciá-lo com ameaças.
Ao que Tareq reagiu com ironia: “já sou um prisioneiro. Que mais pode me fazer?”.
Depois de Sadam, é Tareq a face mais conhecida no mundo inteiro da revolução iraquiana.
Também de sua amplitude, um cristão, companheiro de sunitas, xiitas, curdos, turcomentos – todos iraquianos.

ANFAL

O ‘caso Anfal’ não passa de um apêndice da principal peça de propaganda do governo ianque contra a revolução iraquiana, e de demonização de Sadam, a tragédia de Halabja, onde cinco mil foram mortos por ataque com gás venenoso durante a guerra Irã-Iraque.
Tareq foi, pois, direto à questão.
“As armas químicas usadas naquele tempo que causaram a morte de milhares de pessoas [em Halabja] eram feitas de gás cianeto e não de gás mustarda. Quem tinha esse gás era o Irã, não o Iraque”, destacou.

“O ataque químico à aldeia curda de Halabja foi cometido pelos iranianos em uma ofensiva contra a população curda”, assinalou Tareq.
Ele acrescentou que a ofensiva iraniana com armas químicas em 1988 “é confirmada por documentos internacionais”.
Isso ficou estabelecido até mesmo através de relatórios do Pentágono, como um “publicado em 1989 e disponível na internet”, lembrou.
Também citou um artigo de Milton Viorst na revista norte-americana “New Yorker”.

Tareq apontou outro indício de que o governo iraquiano nada tinha a ver com Halabja.
Nas conversações de 1991, entre os líderes iraquianos e uma delegação curda que incluía o atual ‘presidente’ Jalal Talabani, “sobre compensações para as vítimas curdas da guerra”, Halabja não foi “sequer mencionada por qualquer das partes”, registrou.

Aliás, por todo o Oriente Médio, foi o Iraque, a revolução de Sadam, que mais direitos concedeu aos curdos.
Direito de ter sua língua, escolas, assembléia.
A única condição era a de que se reconhecessem como iraquianos e a grande maioria dos curdos se integrou na revolução, inclusive de armas na mão, contra os iranianos, na época – como testemunhou o correspondente de então do “Guardian”, Patrick Cockburn.
Que também considerou impossível que “182 mil curdos” fossem mortos nessas imediações e isso não transpirasse imediatamente.

ANALISTA DA CIA

Provavelmente o relatório a que Tareq se refere trata-se do estudo conduzido pelo analista sênior da CIA sobre o Iraque no decorrer da guerra Irã-Iraque e professor da Escola de Guerra dos EUA, Stephen Pelletiere, que concluiu que “foi gás iraniano que matou os curdos, não iraquiano”.
De acordo com sua investigação para o Pentágono, “as condições dos corpos dos civis curdos indicaram que eles tinham sido mortos por um agente sanguíneo – isto é, um gás à base de cianeto – que, como se sabe, era usado pelo Irã’.
Os iraquianos – que tinham gás mostarda, que atua por princípio diferente – “não tinham agentes sanguíneos na época”.

O relatório a que Tareq aludiu, desmonta, portanto, a fantasia reacionária do “exército de Sadam jogando gás venenoso no seu próprio povo”.
Não se trata de uma peça contra o Irã, como alguns poderiam alegar, porque diz que “a tragédia de Halabja ocorreu no decorrer de uma batalha entre iraquianos e iranianos – estes últimos no controle da cidade – que definiria o estratégico controle da maior represa do país, Darbanddikhan, e assim, das águas do Tigre e do Eufrates”.
Portanto, se deu no meio de uma batalha e não tendo civis curdos como alvo.
Como destacou Pelletiere, “os civis que foram mortos tiveram o infortúnio de serem pegos no meio disso”.

Quanto ao ‘Anfal’, não passa de uma projeção, sobre os líderes revolucionários iraquianos, dos crimes de guerra de que são useiros e vezeiros os capos do império, como está aí o próprio Iraque, Afeganistão, Vietnã, Coréia para serem exemplos.
Se, como alegam os invasores ianques, seus fantoches e mariposas, “foram mortos 182 mil curdos”, passados quatro anos de ocupação no Iraque inteiro e 16 anos de “autonomia da região” curda, todo dia devia ter alguém achando uma, duas covas em massa, ainda mais com os invasores dispostos a premiar com verdinhas.
Também já deveria ter aparecido alguém, algum renegado, que teria participado da matança, para dar “detalhes”.
Mas não encontram nada porque não há nada.


terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A maioria dos Brasileiros votou no Lula

Isso é evidentíssimo!!!
Não adianta reclamar pois a Verdade aí está!
Lula, Presidente do BRASIL!
O povo estava cansado das mesmices de sempre, farto de acreditar em vão!
Entrava um, saía outro e as "coisas" iam de mal a pior!
Por que não acreditar no OUTRO LADO DA HISTÓRIA, que sempre tentaram ocultar e ver que a moeda tem dois lados e só um era o sorteado ao bel prazer de uma minoria gananciosa e pouco interessada nas questões sociais, nas políticas de acordos internacionais que, ao invés de beneficiarem o povo como um todo, apenas beneficiavam "uns & outros"!
Muitos são maus perdedores e preferem morrer a dar o braço a torcer.
São pessoas prepotentes, extremamente preconceituosas, muito bem “informadas” por jornalistas desinformados, com formação profissional deficiente e, por isso mesmo, extremamente preconceituosas, que vivem valores vigentes na década de 40, 50.
Para estes, o certo seria o presidente Bush invadir o Brasil, pois segundo as “informações” que recebem da mídia desinformada e irresponsável, o Iraque tem hoje um dos melhores padrões de vida do mundo(sic)!
Pena que eles afirmem isso, mas não se disponham a ir morar lá definitivamente...
Outros, os mais “conservadores” vivem os valores do século 18, e, por conseqüência - para eles - o Brasil ainda é uma colônia.
Para estes, é incompreensível que o rei de Portugal tolere que o Lula fique desviando para o Bolsa família dinheiro que deveria ser enviado à matriz...
Há ainda os “graduados”, os “baxaréus” que praticamente compraram o diploma, porque, durante toda a sua vida acadêmica, sempre gazetearam e jamais leram UM único livro, fazendo suas “colas” de apostilhas - e que não suportam serem governados por um simples torneiro mecânico, sem “diproma”, um “anaufabeto”.
posted by Silv@

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Satélites espiões dos EUA em colisão com a Terra

A notícia não é uma invenção comunista, nem está num site da Bolívia ou da Venezuela.

E as fontes são do governo americano: Eis a notícia na sua íntegra:

“Sáb, 26 Jan, 09h03

Um grande satélite de espionagem dos Estados Unidos perdeu energia e propulsão, e poderá colidir com a Terra entre fevereiro e março, informam fontes do governo americano.

O satélite, que está fora de controle, pode conter material perigoso e não se sabe em que parte do planeta cairá.

As autoridades falaram sob a condição de que seus nomes não fossem revelados.

"As agências apropriadas estão monitorando a situação", limitou-se a afirmar um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Gordon Johndroe. "Diversos satélites caíram sem causar danos ao longo dos anos. Estamos buscando opções para mitigar qualquer possível dano que o satélite venha a causar".

Ele não comentou a possibilidade de o satélite ser desviado por um míssil. Disse que seria inadequado discutir detalhes no momento.

Um alto funcionário do governo americano afirmou que congressistas e governos estrangeiros estão sendo informados da situação. A maior reentrada descontrolada de um aparelho espacial americano foi a do Skylab, uma estação espacial de 78 toneladas que saiu de órbita em 1979. Seus destroços caíram, sem causar danos, numa parte remota da Austrália. Em 2000, engenheiros da Nasa conseguiram guiar a queda do Observatório Compton de Raios Gama, dirigindo-o para o Oceano Pacífico. Autoridades acreditam que, em 2002, os restos de um satélite de 3 toneladas caíram como "chuva" sobre o Golfo Pérsico”

FONTE:http://br.noticias.yahoo.com/s/26012008/...

Sobre satélites espiões, para quem quiser saber mais sobre o assunto:

Satélites são poderosas ferramentas de estratégia militar. As imagens captadas por satélites são informações estratégicas preciosas, que se tornam cada vez mais imprescindíveis nas operações de defesa internacionais, bem como nas decisões táticas da guerra moderna. É tal a dependência, que esses artefatos passaram a ser conhecidos como os olhos e ouvidos da inteligência militar. Se já é grande a capacidade de resolução dos satélites comerciais, que observam o dia-a-dia das cidades, o rastreamento efetuado por um satélite militar de uso exclusivo do Pentágono (o ministério da Defesa norte-americano), pode atingir impressionante visualização, fornecendo localizações geográficas para mísseis e bombas e dando suporte a todas as ações militares. Sem os satélites, seria impossível manter conectadas todas as forças bélicas. Aviões, submarinos, navios e tanques só se comunicam porque os satélites funcionam como antenas, captando e retransmitindo informações traduzidas por impulsos elétricos. Esses verdadeiros espiões eletrônicos são lançados ao espaço por foguetes e milhares estão em órbita no espaço, mas não há estatísticas oficiais. Há veículos de várias nacionalidades, russos, israelenses, chineses, franceses, até brasileiros. A maior parte, entretanto, é norte-americana. Desde o lançamento do Corona, primeiro satélite de reconhecimento usado pela CIA, em 1958, foi impressionante o desenvolvimento científico e tecnológico da área. A resolução das imagens obtidas por satélites militares sempre foi um segredo guardado a sete chaves. Mas, desde 1994, quando os serviços de imageamento por sensoriamento remoto deixaram de ser um privilégio das instituições militares e agências de espionagem internacionais, essas imagens foram ficando cada vez mais acessíveis para quem tiver poder aquisitivo para comprar.Satélite Ikonos, com exploração civil e militar Além dos satélites Landsat e Ikonos, cuja exploração é militar e comercial, existem satélites especializados em observação puramente militar, como o Lacrosse, o USA 144 e o Keyhole (buraco da fechadura, em inglês, conhecido pela sigla KH) que são capazes de recolher imagens em movimento quase em tempo real, pois são equipados com câmaras que possuem capturadores eletroópticos e infravermelhos, e têm uma capacidade de definição (menor detalhe identificável) que chega a 10 centímetros.

Como os satélites foram utilizados no Afeganistão.

A caçada a Osama Bin Laden e seus seguidores da Al Qaeda, no Afeganistão, foi feita por uma constelação de satélites militares e comerciais. Assim como o acompanhamento das tropas das forças de países que apoiavam o Taleban, como o Iraque, o Irã e o Paquistão, foram monitoradas pela inteligência militar dos EUA por meio de satélites de espionagem. Apesar de seus próprios satélites serem capazes de obter imagens muito precisas, o Departamento de Defesa norte-americano, adquiriu direitos exclusivos de imagens feitas por satélites comerciais do território do Afeganistão. O objetivo era obter uma visão completa do território afegão e impedir que qualquer outro país ou veículo de imprensa, tivesse acesso às imagens da zona de conflito. Segundo a Agência Estado, foi firmado um contrato com a empresa Space Imaging Inc., com sede em Denver, da ordem de milhões de dólares, para o fornecimento de imagens feitas pelo satélite comercial Ikonos, contratado com exclusividade. Um executivo da empresa afirmou que os EUA pagaram não apenas pelos direitos exclusivos, mas pelo tempo que o satélite esteve sobre a área de conflito, o que impede que qualquer pessoa possa ter acesso a essas fotos. As melhores imagens feitas pelo satélite Ikonos têm precisão de um metro, o que significa que se pode distinguir objetos com essa dimensão máxima. O satélite opera a 680km de altura e dá uma volta ao redor da Terra em 98 minutos.

Com tanta tecnologia, estariam contados os dias de Bin Laden?

Não, respondem unanimemente os especialistas, citando o ocorrido na Guerra do Golfo quando Saddam Hussein sempre escapou dos olhos eletrônicos.

"Do espaço, tem-se uma visão vertical. Os satélites vêem principalmente o topo da cabeça de alguém. Identificar uma pessoa do alto não é possível", explica Steven Aftergood, da Federação de Cientistas Americanos (FAS).Tecnologia não está isenta de falhas. Hoje em dia as guerras são administradas a milhares de quilômetros do front. São os satélites espiões que decidem qual área deve ser atacada. O bombardeio só começa depois das regiões serem fotografadas. O piloto de um avião bombardeiro tem autonomia próxima a zero para identificar e lançar um alvo, ou seja, não é ele quem toma as decisões. Os ataques são realizados pelas chamadas bombas inteligentes, guiadas por GPS (Global Positioning System) ou laser. Estas armas recebem dados continuamente enquanto voam em direção ao alvo e têm uma margem de erro de dois metros. Qualquer atraso na transmissão de informações, interferência eletrônica ou simplesmente perda do sinal, no entanto, pode significar um erro capaz de mandar as bombas a quilômetros do destino original. Esse foi o caso do caça americano que lançou bombas de 450 quilogramas sobre três armazéns da Cruz Vermelha em Cabul. As cruzes de três metros de comprimento por três de largura, pintadas em vermelho nos telhados dos prédios, não foram suficientes para poupá-los do chamado "fogo amigo". Erros assim, que acabam por ferir e matar civis, não são novidade e têm se tornado bem mais freqüentes do que seria desejável.

Especialistas em estratégia militar garantem que, por mais desenvolvida que seja a tecnologia de guerra, os chamados "danos colaterais" ocorrem por falhas no planejamento, limitações do equipamento, influência das condições atmosféricas que podem causar interferência de nuvens, fumaça ou chuva forte e por erro humano - como foi o caso da Cruz Vermelha, segundo admitiu o Pentágono.

As mil e uma utilidades dos satélites militares e o Sivam

Segundo informações divulgadas pela Comissão do Parlamento Europeu de Estrasburgo - criada para investigar a extensão da espionagem industrial e comercial norte-americana sobre seus aliados da União Européia - a chamada rede Echelon, disponível aos estrategistas militares americanos, é um conjunto de satélites capazes de registrar pequenos detalhes em terra. O projeto Echelon, considerado a maior e mais sofisticada de todas as operações de espionagem, é um sistema de vigilância global que utiliza uma combinação de 120 satélites e sensíveis estações de escuta, que captam e analisam conversas e comunicações eletrônicas que cruzam o mundo - telefonemas, fax, telex, correio eletrônico - além de sinais de rádio.

Ela inicialmente foi implantada para recolher o máximo de informações sobre a União Soviética e seus aliados. Com a queda do bloco soviético pensou-se que o Echelon seria paralisado ou desativado, mas o sistema não só não foi desativado como, pelo contrário, cresceu e refinou-se. Administrado pela supersecreta NSA (National Security Agency) dos EUA e operado com a colaboração de agências similares da Inglaterra (GCHQ - Government Communications Headquarters), Austrália, Canadá, e Nova Zelândia, ele é capaz de processar, diariamente, até 2 bilhões de dados, filtrando-os por meio de um sistema de inteligência artificial.O relatório dessa Comissão menciona ainda que, graças ao sofisticado sistema de interceptação de informações, empresas dos Estados Unidos ganharam supercontratos que disputavam com grupos franceses. Um deles foi o do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), que causou tanta polêmica no Brasil e acabou favorecendo a empresa Raytheon na concorrência com a Thomson francesa. A Raytheon, que ganhou o contrato para instalar as bases do Sivam no valor de US$ 1,4 bilhão, é quem faz a montagem e manutenção de todas as bases da NSA e do Echelon no mundo.

A Raytheon Company é especialista no desenvolvimento dos chamados "Sistemas Eletrônicos de Defesa", tendo sido a primeira empresa a desenvolver os sistemas de mísseis teleguiados, com capacidade para atingir alvos em movimento, em 1948. Foi ela também que desenvolveu o sistema computacional do veículo espacial, que levou os astronautas, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, a dar o primeiro passeio na Lua em sua histórica jornada. Um dos seus principais produtos, resultante de nove anos de pesquisas contratadas pelo governo americano, foram os mísseis de defesa Patriots (PAC-1/2), que fizeram sucesso na Guerra do Golfo em 1991 ao interceptar e destruir os mísseis "Scud" usados pelo Iraque. Uma das suas principais colaboradoras é a empresa Space Imaging do satélite Ikonos.

São os bens e serviços fornecidos pela Raytheon que vão controlar e defender o território, o espaço aéreo e o meio ambiente da Amazônia brasileira.

Seus programas de defesa estarão uma vez mais em ação. Outra de suas parceiras é a Atech - Fundação Aplicação de Tecnologias Críticas, a instituição responsável pela integração geral do projeto Sivam. A Atech, que faz o desenvolvimento do sistema, da modelagem operacional e institucional, e a implementação da infra-estrutura e da rede de telecomunicações do Sivam, é controlada nos EUA pela Amazon Technologies Company. Ela foi contratada sem licitação pelo governo brasileiro por razões de segurança, uma vez que é ela que vai centralizar as informações colhidas pelos equipamentos.Em virtude das nebulosidades deste complexo jogo de interesses e preocupados com a proteção ao patrimônio estratégico nacional, a Câmara dos Deputados em Brasília, instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar o tráfico de influência e a corrupção ativa na implantação do Sistema de Vigilância da Amazônia, tendo em vista as acusações feitas contra o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, suspeito de tráfico de influência a favor da Raytheon. As denúncias sobre o caso Sivam foram divulgadas pela revista IstoÉ, em 1995, a partir da gravação de fitas feitas pela polícia federal de conversas telefônicas entre o empresário José Afonso Assumpção, dono da Líder Táxi Aéreo, representante dos interesses da empresa norte-americana Raytheon no Brasil, e Santos, então coordenador de apoio e de cerimonial da Presidência da República. As empresas estavam envolvidas na implantação do projeto que foi concebido pelo Ministério da Aeronáutica e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, com o propósito de vigiar, fiscalizar e controlar permanentemente a Amazônia Legal (que compreende a Região Norte do Brasil, o estado do Mato Grosso e parte do estado do Maranhão). Depois de seguidos adiamentos foi aprovado no dia 04 de junho, com o voto contrário em separado do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o relatório final da CPI do Sivam, apresentado pelo deputado Confúcio Moura (PMDB-RO). O documento afirma a insuficiência de provas contra o embaixador e não esclarece as ligações entre as empresas envolvidas no projeto. Nesse sentido, a comissão apenas aprovou um requerimento para anexar ao parecer a análise dos autos de Chinaglia, que apresentou novas denúncias segundo as quais o projeto foi produzido pela própria empresa Raytheon e depois vendido ao governo brasileiro. "Há questões que a CPI deixou de analisar, há indícios de que o projeto não leva em conta os interesses nacionais", disse o parlamentar sobre as informações avaliadas pela CPI. O Sivam é uma rede de coleta e processamento de informações obtidas por cada órgão governamental que trabalha na Amazônia. Terá uma infra-estrutura comum de meios técnicos destinados à aquisição e tratamento de dados para a visualização e difusão de imagens, mapas e previsões. Esses meios abrangem o sensoriamento remoto, a monitoração ambiental e meteorológica, a exploração de comunicações, a vigilância por radares, recursos computacionais e meios de telecomunicações. O sistema deverá entrar em operação dia 25 de julho de 2002, após cinco anos de implementação. A inauguração será em Manaus, no Complexo que engloba o Centro Regional de Vigilância de Manaus (CRV) e o Centro de Vigilância Aérea (CVA).

Apesar do assunto ser tratado abundantemente no exterior, no Brasil, quando o tema é vigilância por satélites e seus procedimentos operacionais relativos à obtenção, análise e disseminação controlada de informações relevantes sobre ameaças à segurança e/ou defesa do país, ele ainda é tabu.

Sinal disso é a declaração do Ministro de Estado do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Alberto Mendes Cardoso, respondendo a indagações dos deputados da Comissão Especial de Segurança Pública, em agosto do ano passado. O ministro disse textualmente: "Sobre o Echelon, é assunto da área da inteligência, que infelizmente não posso comentar publicamente com V.Exas. Talvez em algum momento possamos discuti-lo".

FONTE:http://www.comciencia.br/reportagens/gue...

posted by Silv@

domingo, 27 de janeiro de 2008

ACONTECIMENTO DIVINO EM BAGHDAD




Aliii313
, postou um vídeo de 1′20" mostrando que estava nevando levemente. Na descrição de seu vídeo ele escreve:
this is 1st time in history a light snow fall in baghdad wow, in Jan,11 2008 at 7:00 am…this vedio recorded by mohamed tarik(my brother) in our house garden in ZAYONA-BAGHDAD..ah and the actror was yahia tarik(walk in Boulevard).




Essa é 1ª vez na história que queda de neve leve acontece em Bagdá, uau, 11 de jan 2008 às 7:00 am… esse vídeo gravado por mohamed tarik (meu irmão), em nossa casa no jardim ZAYONA-BAGDADE .. ah e o ator foi Yahia tarik (na caminhada no Boulevard).
Outro usuário do YouTube, hq9sctgd, tem 3 pequenos vídeos diferentes sobre a neve caindo. Veja um deles a seguir:


Iraque: Vídeos da neve em Bagdá
2008-01-15 @ 12:05 PST
Traduzido por Paula Góes· Veja o post original

Países:
Iraq
Tópicos:
Primeira Mão, Meio Ambiente
Línguas:
Arabic
Pela primeira vez na memória em vida, o povo de Bagdá, no Iraque, pôde experimentar algo que até então só tinham ouvido falar ou apenas visto em filmes: nevou durante várias horas sobre a cidade.
No dia 11 de janeiro, muitas pessoas aproveitaram a oportunidade para desenferrujar suas câmeras e registrar este acontecimento: alguns o consideraram um sinal místico dos tempos que estão por vir, vários culparam a mudança climática e outros só aproveitaram a experiência única na vida. Você pode ler o que os blogueiros disseram no artigo escrito por Salam Adil, Iraq: Snow in Baghdad [en].
O usuário SpliceandDice do site de vídeos YouTube foi um dos que acusaram a mudança climática, e em seu vídeo de 1′51", ele mostra algumas cenas de pessoas se movimentando e do trafégo sob uma neve rala.

Aliii313
, postou um vídeo de 1′20" mostrando que estava nevando levemente.
Na descrição de seu vídeo ele escreve:
this is 1st time in history a light snow fall in baghdad wow, in Jan,11 2008 at 7:00 am…this vedio recorded by mohamed tarik(my brother) in our house garden in ZAYONA-BAGHDAD..ah and the actror was yahia tarik(walk in Boulevard).
Essa é 1ª vez na história que queda de neve leve acontece em Bagdá, uau, 11 de jan 2008 às 7:00 am… esse vídeo gravado por mohamed tarik (meu irmão), em nossa casa no jardim ZAYONA-BAGDADE .. ah e o ator foi Yahia tarik (na caminhada no Boulevard).


Outro usuário do YouTube, hq9sctgd, tem 3 pequenos vídeos diferentes sobre a neve caindo. Veja um deles a seguir:
Para mim, é especialmente estranho ver flocos de neve na frente e palmeiras ao fundo, como pode ser visto no vídeo de 49 segundos do YSDallali.
No canal do usuário aowsalmsafir você verá vários outros curtas, um deles de flocos de neve caindo numa Bagdá enfeitada de Palmeiras.
Tigernip disponibilizou conteúdo da Fox News, onde o repórter noticia que a neve teve um efeito mais profundo: não houve relatos de violência durante a manhã e início da tarde, enquanto a cidade inteira admirou o espetáculo, todos juntos.

A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS

Poder ao povo (palestiniano)!
Por Jeff Halper*

O povo da Palestina fê-lo novamente – tomar o próprio destino nas suas mãos depois de ter sido abandonado na sua luta pela liberdade pela direcção política “moderada” e, de facto, pela comunidade internacional.
Hoje [24 de Janeiro] ao princípio da manhã, os palestinianos simplesmente rebentaram com o muro que separa Gaza do Egipto, quebrando um cerco que lhes fora imposto por um governo árabe em colaboração com Israel.

Nesta profunda recusa de uma sociedade civil em aceitar a subjugação, o abandono à sua sorte pelos governos, incluindo o seu próprio, para quem as vidas das pessoas comuns são meros joguetes nas suas charadas políticas, – sendo que Annapolis e o decorrente “processo de paz” constituem a sua última expressão de cinismo -, nesta recusa, nós, os povos do mundo, devíamos ver grandes motives de orgulho e encorajamento.
Porque os palestinianos representam muito mais do que eles e elas próprias.
A sua recusa em submeter-se ao ditames dos governos, ou à falta de interesse dos governos no bem-estar do povo em geral, reflecte o desejo de biliões de pessoas oprimidas por identidade, liberdade, uma vida decente e concretização dos seus direitos e potenciais, colectivos e individuais.
A maioria dos oprimidos, os “condenados da terra”, como lhes chamou Franz Fanon há meio século, também estão preocupados com a sufocante luta quotidiana pela sobrevivência para organizar e resistir.
Outros resistem numa grande variedade de formas, mas quase sempre são reprimidos pelos seus próprios “dirigentes” políticos e económicos, desaparecendo do mapa anonimamente.
Em alguns, poucos, casos, conseguiram organizar uma resistência efectiva contra a opressão, ou mesmo prevalecer – embora os biliões gastos em guerra “contra-insurreccional” pelos EUA, Rússia, Israel e muitos países “em vias de desenvolvimento” sejam um mau prenúncio para os povos que tentam derrubar regimes opressores.

Nisto os palestinianos encontram-se na vanguarda da insistência dos povos para que sejam respeitados pelos governos os seus direitos, bem-estar e valores fundamentais como seres humanos.
E fazem-no (e eu escrevo-o como israelita, com grande desgosto e vergonha) contra uma dos mais implacáveis e fortes potências militares do mundo – uma potência que lhes expropriou 85% da sua terra, que tenta transformar a sua ocupação num regime de apartheid permanente, que gastou décadas a empobrecê-los, a quarta maior potência nuclear, que no entanto se faz passar por vítima.
Não só os palestinianos têm passado pela experiência de desumanização de todos os povos oprimidos e colonizados, não só se tornaram a imagem mesma do maior medo dos ricos e poderosos, como “terroristas” perversos que podem destruir-lhes a civilização privilegiada, mas também foram transformados em cobaias.
Israel consegue ganhar um avanço na indústria da contra-insurreição e ganhar acesso ao núcleo duro do complexo americano de alta tecnologia, ao transformar os territórios ocupados num laboratório para o desenvolvimento de armamento sofisticado e de tácticas para usar contra os povos.

E no entanto o povo palestiniano – e em especial aqueles que na Palestina permanecem firmes – continua não só a resistir mas também a surpreender e a confundir a cada instante o seu putativo amo israelita.
Apesar de um controle ilimitado, de um completo monopólio do uso da força, de uma completa insensiblidade e de um reputado Shin Beit, o serviço de informações militar israelita, os palestinianos votam como querem, resistem, fazem as suas vidas quotidianas com dignidade – e abrem enormes buracos nos muros e nas políticas construídas para aprisioná-los e derrotá-los.

Nada disto está nas cabeças das pessoas desesperadas que passaram hoje para o lado egípcio.
Talvez não tenham a “grande visão”.
E no entanto merecem o respeito e a gratidão de qualquer pessoa que deseje um mundo melhor, baseado em direitos humanos e em dignidade, um mundo inclusivo.
Como judeu israelita, tem-me entristecido e mortificado ver que o meu próprio povo, depois de ter passado por tudo o que passou, não veja o que está a fazer a outros.
Mas, numa escala mais ampla, não como judeu israelita mas como ser humano, sinto-me encorajado pela activa recusa dos palestinianos a deixarem-se abater sob um sistema global que produz riquezas e crescimento inimagináveis para uns poucos à custa de um aumento das fileiras dos condenados.

Não sou um palestiniano, não sou um dos oprimidos.
Espero apenas que possa usar os meus privilégios de modo a fazer valer a dádiva do povo de Gaza a todos nós: a compreensão de que o povo tem poder e pode triunfar perante uma potência esmagadora.
Cada um de nós pode assumir a sua responsabilidade perante o povo de Gaza da maneira que mais lhe agrade, mas como privilegiados devemos fazer alguma coisa.
Estamos em dívida com os palestinianos e os palestinianos merecem pelo menos esse apoio.

* Jeff Halper é o presidente do Comité contra as Demolições de Casas

Fonte: MRZine

sábado, 26 de janeiro de 2008

EIS A VERDADE QUE TARDA MAS NÃO FALHA!







Uri Avnery is an Israeli writer and peace activist with Gush Shalom.


He is one of the writers featured in The Other Israel: Voices of Dissent and Refusal.


He is also a contributor to CounterPunch's hot new book The Politics of Anti-Semitism.


Uri Avneri: “Todos os regimes coloniais na história disseram o mesmo. Nenhum governante estrangeiro, quando confrontado com um levantamento do povo oprimido, alguma vez reconheceu o inimigo como combatente legítimo”.
Uri Avnery: Bloqueio de Gaza é "pior que crime"
Uri Avnery é um israelense HONRADO.


Leiam o texto e vcs entenderão o porquê da ação CRIMINOSA dos israelenses contra os habitantes de Gaza.

Uri Avnery: Bloqueio de Gaza é "pior que crime"

PARECEU a queda do muro de Berlim.

Não ‘pareceu’, apenas.

Por um momento, o cruzamento em Rafah foi o Portão de Brandenburg.

É impossível não se emocionar quando a multidão de oprimidos e famintos rompe um muro que os impede de avançar, olhos brilhantes, todos se abraçando –, emocionar-se muito,mesmo que se saiba que foi nosso governo, o governo de Israel, que construiu aquele muro.
A Faixa de Ghazaa é a maior prisão da Terra.
Abrir uma passagem no muro, em Rafah, foi um ato de libertação.
Provou-se que políticas desumanas são sempre políticas de estupidez: nenhum poder conseguirá jamais conter uma multidão que já tenha cruzado a fronteira do desespero absoluto.
Esta é a lição de Ghazaa, janeiro, 2008.
CABERIA AQUI a frase famosa do estadista francês, do tempo de Napoleão I, Boulay de la Meurthe[1], com pequena adaptação: “É pior que crime de guerra: é uma estupidez!”

Há vários meses, os dois Ehuds – Barak e Olmert – impuseram um bloqueio à Faixa de Ghazaa e vangloriaram-se muito.

Depois, foram apertando o nó mortal cada vez mais, até que já praticamente nada entrava na Faixa.
Semana passada tornaram absoluto o bloqueio – nem comida, nem remédios.
As coisas chegaram ao paroxismo quando suspenderam também o fornecimento de combustíveis.

Grandes áreas de Ghazaa ficaram sem eletricidade – para as incubadoras para bebês prematuros, para máquinas de diálise, para bombas de água e para evacuar esgotos.

Centenas de milhares de pessoas ficaram sem calefação, sob frio intenso, sem poder cozinhar, sem o que comer.
Vezes sem conta a Rede Aljazeera levou aquelas imagens para milhões de lares em todo o mundo árabe.

Muitas outras redes de televisão exibiram as mesmas imagens.

De Casablanca a Aman, explodiram protestos de massa nas ruas que assustaram os regimes árabes autoritários.

Hosny Mubarak telefonou em pânico para Ehud Barak.

Na mesma noite, Barak foi obrigado a suspender, pelo menos temporariamente, o bloqueio que, desde a manhã, impedia a entrega de combustível na Faixa.

Exceto por isto, o bloqueio continuou total.

Difícil imaginar ato político mais estúpido.
A RAZÃO apresentada para matar de fome e frio 1,5 milhão de seres humanos confinados num território de 365 km2 é o continuado bombardeio de foguetes Qassam sobre cidade de Sderot e arredores.

É razão cuidadosamente pensada para unir o que há demais primitivo e o que há de mais pobre na opinião pública em Israel.

Faz calar as críticas que viriam da ONU e de governos em todo o mundo que, de outro modo, protestariam contra uma punição coletivamente aplicada a populações civis que, sem dúvida alguma, configura crime de guerra nos termos da lei internacional.

Apresenta-se ao mundo um quadro simplificado: o regime de terror do Hamás lança mísseis contra inocentes civis israelenses.

Nenhum governo pode tolerar que seus cidadãos sejam bombardeados dentro de suas fronteiras.

O exército de Israel não tem resposta militar para enfrentar os foguetes Qassam.

Portanto, não lhe resta outra saída além de pressionar a população de Ghazaa, na esperança de que se levante contra o Hamás e faça parar o bombardeio de Qassams.
No dia em que Ghazaa ficou totalmente sem eletricidade, os correspondentes militares israelenses festejaram: só dois foguetes Qassams foram disparados de dentro da Faixa.
Então o bloqueio funciona!
Ehud Barak é um gênio!

No dia seguinte, com 17 Qassams lançados contra Israel,a alegria sumiu.

Políticos e generais israelenses estavam(literalmente) frenéticos, fora de si: um político propôs“ações mais loucas que as deles”; outro propôs "bombardeara área urbana de Ghazaa indiscriminadamente, a cada Qassam disparado",

Um famoso professor (conhecido por ser ligeiramente perturbado) propôs que se adotasse "o mal absoluto".

O modo de atuar do governo israelense é hoje uma repetição do que já fizeram na Segunda Guerra do Líbano (espera-se para os próximos dias a publicação do relatório sobre aqueles dias).
Daquela vez: o Hizbullah capturou dois soldados israelenses, em território de Israel.
Hoje: o Hamás bombardeia casas e cidades em território de Israel.
Daquela vez: precipitadamente, o governo decidiu entrarem guerra.
Hoje: precipitadamente, o governo decidiu impor bloqueio total.
Daquela vez: o governo ordenou bombardeio massivo contra civis, para pressionar o Hizbullah.
Hoje: o governo ordena o massacre, pela fome e pelo frio,de população civil, para pressionar o Hamás.
Os resultados são os mesmos, nos dois casos.
Daquela vez: a população não se levantou contra o Hizbullah; aconteceu exatamente o contrário: pessoas de todos os credos e grupos religiosos reuniram-se numa mesma organização xiita.

Hassan Nasrallah tornou-se herói de todo o mundo árabe.

E hoje: a população cada vez mais unida num Hamás cada vez mais forte, acusa Máhmoude Abbás de colaborar com o inimigo.
Uma mãe que não tenha comida para dar aos filhos não mal diz Ismail Haniyeh.
Ela maldiz Olmert,Abbas e Mubarak.
ENTÃO, o que fazer?
Afinal de contas, não se pode tolerar o sofrimento dos habitantes de Sderot, que vivem sob fogo constante.
O que todos ocultam da opinião pública é que é possível fazer parar o bombardeio de Qassams amanhã de manhã.
Há vários meses, o Hamás propôs um cessar-fogo.

Esta semana, eles repetiram a mesma proposta.

Para o Hamás, cessar-fogo significa: os palestinos cessam o fogo de Qassams e morteiros; e o exército de Israel cessa as incursões em Ghazaa, os assassinatos por armas ‘inteligentes’ em alvos ‘selecionados’ e o bloqueio.
Por que o governo israelense não aceita imediatamente esta proposta?

É simples: para aceitar esta proposta, o governo de Israel tem de falar com o Hamás, direta ou indiretamente.
Isto, precisamente, é o que o governo de Israel recusa-se a fazer.
Por quê?
Outra vez, é muito simples: porque Sderot é apenas um pretexto – como também os dois soldados capturados foram apenas um pretexto – para coisa muito diferente.
O objetivo geral de toda a ‘operação’ é derrubar o regime do Hamás em Ghazaa e evitar que o Hamás tome toda a Cisjordânia.
Em palavras simples e claras: o governo de Israel está sacrificando toda a população de Sderot, em nome de uma idéia de antemão condenada ao fracasso.
O governo de Israel está muito mais interessado em pressionar o Hamás– que é, hoje, a cabeça de ponte de toda a resistência palestina – do que em proteger os habitantes de Sderot.
E toda a mídia colabora para difundir a farsa.
JÁ SE DISSE que é muito perigoso escrever sátiras em Israel – porque muitas vezes a sátira torna-se realidade.
Alguns leitores talvez lembrem de um artigo satírico que escrevi há alguns meses.
Lá, descrevi a situação em Ghazaa como uma experiência científica para descobrir até que ponto conseguiríamos chegar, em matéria de matar de fome populações civis e fazer da vida humana um inferno...antes de termos de levantar as mãos e nos render, derrotados.
Esta semana, a sátira virou política oficial do Estado de Israel.
Comentaristas respeitados declararam explicitamente que Ehud Barak e os chefes militares estão trabalhando na linha de “tentativa e erro” e mudam diariamente seus métodos conforme os resultados.
Param de fornecer combustível a Ghazaa, vêem o que acontece e desfazem tudo quando a reação internacional é negativa demais.
Suspendem o fornecimento de remédios, vêem o que acontece, etc.etc.
O objetivo científico justifica os meios.
O homem encarregado deste experimento é o Ministro da Defesa, Ehud Barak, homem de muitas idéias e poucos escrúpulos,homem cujo modo de raciocinar é basicamente pré-humano.
Ehud Barak é hoje, provavelmente, o ser mais perigoso que há em Israel, mais perigoso que Ehud Olmert e Binyamin Netanyahu, perigoso até para a sobrevivência de Israel no longo prazo.
O homem encarregado de executar o experimento é o Comandante em Chefe do Exército de Israel.
Esta semana, ouvimos os discursos de dois de seus predecessores no cargo,os generais Moshe Ya'alon e Shaul Mofaz, num fórum que teve as mais infladas pretensões intelectuais. Descobriu-se ali que ambos têm idéias que os colocam em algum ponto entre a extrema Direita e a ultra-Direita.
São, os dois, homens de cabeça assustadoramente primitiva.
Desnecessário desperdiçar sequer uma palavra sobre as qualidades morais e intelectuais do sucessor imediato de ambos, Dan Halutz.
Se estas são as vozes dos três últimos Comandantes do Exército de Israel, o que dizer do atual, que não pode falar abertamente como os outros?
Que maçã cairia muito longe da mesma árvore?
Até há três dias, os generais ainda podiam defender a opinião de que o experimento estaria dando certo.
A miséria atingira o clímax na Faixa de Ghazaa.
Centenas de milhares de seres humanos enfrentavam a fome total.
O chefe da Agência de Apoio Humanitário da ONU para a Palestina(UNRWA) denunciou o risco de catástrofe humana absoluta.
Só os mais ricos ainda tinham combustível para seus carros,para aquecer as residências e para cozinhar.
O mundo não parou de girar e ouviu-se apenas um murmúrio planetário.
Os líderes dos Estados árabes enunciaram frases o cas e não moveram um dedo.
Barak, que tem talentos matemáticos, podia até calcular o dia em que a população finalmente entraria em colapso.
E ENTÃO, de repente, aconteceu algo que nenhum deles previu, embora fosse o evento mais facilmente previsível do planeta.
Quando alguém põe 1,5 milhão de seres humanos numa panela de pressão e não pára de pôr fogo no palheiro, é certo que tudo explodirá.
Foi o que aconteceu na fronteira entre Ghazaa e o Egito.
Primeiro, foi uma explosão pequena.
Uma multidão juntou-se no posto de fronteira e os policiais egípcios abriram fogo.
Houve dúzias de feridos.
Foi um sinal de alerta.
Dia seguinte veio o grande assalto.
Combatentes palestinos furaram o muro em vários pontos.
Centenas de milhares de palestinos entraram em território egípcio e respiraram fundo.
Estava quebrado o bloqueio.
Já antes disto, a posição de Mubarak era insustentável.
Centenas de milhões de árabes, um bilhão de muçulmanos viram que o exército de Israel fechava apenas três pontos da fronteira de Ghazaa: pelo norte, pelo leste e pelo mar.
O quarto ponto do bloqueio estava entregue ao exército egípcio.
O presidente do Egito, que se apresenta como líder de todo o mundo árabe foi exposto como colaborador numa operação desumana liderada por um inimigo, e apenas para obter os favores (e o dinheiro) dos norte-americanos.
Seus inimigos internos, a Irmandade Muçulmana, exploraram esta situação e o denunciaram, publicamente, aos olhos de seu próprio povo.
Dificilmente Mubarak teria podido manter-se na posição em que estava.
Mas a multidão palestina livrou-o da tarefa de decidir.
Decidiram por ele.
Os palestinos irromperam no Egito como um tsunami.
Agora, Mubarak que decida quando sucumbirá completamente a Israel e reimporá o bloqueio contra seus irmãos árabes.
E quanto ao experimento de Barak?
O que acontecerá agora?
Barak tem poucas opções:
(a) Reocupar Ghazaa.
O exército não gosta desta idéia.
Para os comandantes militares, a reocupação exporá milhares de soldados israelenses a uma guerra de guerrilhas cruel, diferente de todas as intifadas conhecidas.

(b) Apertar novamente o bloqueio e pressionar Mubarak o mais possível, inclusive com o lobby israelense no Congresso dos EUA, para privá-lo dos bilhões que recebe anualmente em troca de serviços prestados.

(c) Fazer do castigo um prêmio, e entregar a Faixa de Ghazaa a Mubarak, como se este fosse o objetivo secreto de Barak, desde o começo.
Passaria a ser tarefa do Egito garantir a segurança de Israel, evitar a chuva de Qassams e expor seus próprios soldados à guerra de guerrilhas na Palestina – depois de o Egito ter imaginado que se havia livrado definitivamente desta área de conflito,e depois de toda a infra-estrutura da Palestina ter sido destruída pela ocupação israelense.
É provável que Mubarak responda: “É muita gentileza sua, mas, não, não, muito obrigado.”
O bloqueio da Faixa de Ghazaa é crime de guerra.
E é pior que isto: é uma estupidez brutal. ***********--------------------------------------------------------------------------------* Worse than a Crime, 25/1/2008, em Gush Shalom [“Grupoda Paz”], em http://zope.gush-shalom.org/home/en/channels/avnery/1199602046/.Copyleft.
Tradução de Caia Fittipaldi. Reprodução autorizadapelo autor e pela tradutora. [1] A frase famosa é “C'est pire qu'un crime, c'estunefaute” (É pior que um crime: é um erro).
Obs.: No artigo acima, foram mantidas as grafias quea tradutora usou para nomes árabes como Gaza (Ghazaa),Rafá (Rafah), Cassam (Qassam), Hamas (Hamás), Hezbolá(Hizbullah) e outros.

VIOLAÇÃO DE LEIS INTERNACIONAIS

Saddam: bastidores de uma execução clandestina
Categoria:
Internacional
Postado por:
marceloambrosio
Agora que o vídeo com a execução quase clandestina de Saddam Hussein é de conhecimento público, detalhes desse dramático capítulo na história do Oriente Médio justificam o horror e os protestos internacionais que suscitou - a começar da divulgação pelos autores, uma violação aos direitos humanos.
Nos diálogos com os executores, por exemplo, chama minha atenção o fato de um dos verdugos mascarados ter gritado para Saddam o nome de Moqtada Al Sadr, o clérigo radical xiita que lidera o Exército Mehdi, a principal força paramilitar do país.
O ex-ditador o ignorou, mas o carrasco insistiu e gritou o nome do pai de AL Sadr, assassinado por ordem de Saddam.
Não foi apenas uma bravata, mas um atestado da identidade dos encapuzados.
Uma das razões pelas quais o Iraque vive uma guerra sectária é a infiltração do Mehdi no aparato de segurança do Estado, haja visto o centro de tortura que o grupo mantinha dentro da sede do ministério do Interior, em Bagdá.
Nos cárceres, havia mais de 180 prisioneiros sunitas, capturados clandestinamente, sem ordem judicial.
O "aparelho" foi descoberto e desmantelado em uma operação militar americana realizada à revelia do então primeiro-ministro xiita Ibrahim Al Jaafari, mas a presença de seguidores de Al Sadr na cena do enforcamento demonstra que os braços do Mehdi continuam firmemente amarrados ao esquema de segurança do atual governo.
Também explica porque o condenado morreu sem capuz e todos os executores o usavam.
Sem eles, seria virtualmente impossível sustentar a legalidade da execução.
Legalidade é a palavra-chave também para um dos principais advogados do ex-ditador enforcado.
Em uma longa entrevista à ABC, Bouchra Khalil usa a mesma imagem que mencionei no artigo anterior comparando a execução encapuzada à degola de reféns patrocinada por Al Zarqawi no passado.
Também, como eu, levanta fortes suspeitas quanto à pressa da Suprema Corte iraquiana em confirmar a realização da pena capital.
Segundo Khalil, cada um dos juízes ligados ao caso recebeu uma cópia da apelação à condenação, um calhamaço com 200 páginas.
Em nove dias, para seu espanto, o apelo foi rejeitado.
Dada a importância do caso, é até possível que possam ter acelerado ao máximo o processo.
Ainda assim, aqui a pressa é irmã da suspeição.
Descontada a simpatia óbvia do entrevistado pelo tirano iraquiano, é patente que seus argumentos devem ser observados com atenção.
Khalil diz que a lei iraquiana na qual a pena de morte é um capítulo prevê um prazo de trinta dias, a contar da data da confirmação presidencial da sentença, para a execução.
No caso de Saddam, o prazo venceria só no dia 26 de janeiro.
"Por razões morais, humanitárias e pela tradição, o preso tem direito aos 30 dias para resolver seus assuntos pessoais. O que houve foi uma violação das leis internacionais", acrescenta o defensor, que esteve todo o tempo com a família Hussein no exílio jordaniano.
Também há queixas pelo isolamento a que os Hussein foram relegados nos últimos momentos.
O advogado conta que, ao longo do processo, sempre que havia alguma audiência importante "as autoridades americanas os informavam, mas a partir do momento em que começaram a circular os rumores de um enforcamento iminente, o acesso da família foi cortado".
A afirmação revela que o contato era uma permissão americana, não de Bagda.
A última audiência com advogados foi autorizada e realizada no dia 28, pouco antes de o prisioneiro ser entregue à custódia iraquiana.
Curiosamente, Khalil informa que os carcereiros haviam dado um rádio para Saddam, mas o aparelho foi retirado da cela dois dias antes do encontro.
"Eles não queriam que soubesse que estava tão perto de morrer".
Ainda de acordo com Khalil, no encontro final o ex-ditador estava ciente do que o aguardava, e agradeceu o esforço e os riscos corridos pela equipe de defesa - dois dos seus advogados foram assassinados e um terceiro, o americano Ramsey Clarke, se afastou por considerar o processo ilegitimo e viciado. Também recusou tranquilizantes oferecidos por um médico americano.
"Se é esse o meu destino, eu o aceito", disse.
A língua do ditador estava mesmo afiada: quando outro dos verdugos encapuzados, ao vê-lo com a corda no pesçoco, gritou: "vai para o inferno", Saddam Hussein retrucou: "O inferno é o Iraque".
O genocida do deserto tinha toda razão.